sexta-feira, 22 de julho de 2016

Amante planejou morte de divulgador da Telexfree; Ela confessou o crime



Mulher confessou crime na delegacia
Daiane de Oliveira Dias, de 20 anos, é apontada pela Polícia Civil como mandante da morte do amante, o empresário Dorian da Silva Santos, 29, o Dorian da Telexfree, na última terça-feira, 19, em Feira de Santana. Segundo a polícia, a jovem, desde os 15 anos de idade tinha um relacionamento com o empresário, que era casado.

Ela foi conduzida na tarde desta quinta, 21, à Delegacia de Homicídios, no bairro de Sobradinho, em Feira de Santana, prestou esclarecimentos e foi liberada. "Foi uma condução coercitiva. Ela não foi presa em flagrante e não tinha mandado de prisão. Vai ser indiciada e, posteriormente, será solicitada a prisão preventiva dela", afirmou o delegado João Uzzum, coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin).

Conforme ele, Daiane confessou participação no crime, mas negou que tenha mandado matá-lo. "Ela disse que o objetivo era roubar a Hilux dele e que a decisão de matá-lo foi dos caras. Mas eles dizem que foi ela quem ordenou", contou Uzzum. O empresário era casado, mas se encontrava com ela [Daiana] esporadicamente", destacou o delegado, que informou que o veículo seria vendido por R$ 7 mil.

Ainda segundo o delegado, apesar da negativa, registros de ligações no celular de Dorian mostram que ele e Daiane se falaram horas antes do crime. "Além disso, testemunhas afirmaram terem visto os dois juntos no antigo posto da Polícia Rodoviária Federal de Feira de Santana", completou.

De acordo com a polícia, a mulher é natural de Salvador, mas morava com os pais em um povoado do município de Serra Preta, mesma cidade onde o empresário residia. A suspeita foi localizada pela polícia escondida na casa de uma avó, na Rua Graça Aranha, no bairro Campo Limpo, em Feira de Santana. De acordo com a Polícia Civil, os comparsas também alegaram que a jovem planejou o crime.

Dorian era pré candidato a prefeito de Serra Preta
Na quarta, 20, PMs da 66ª CIPM (Feira de Santana) prenderam Davi Rios de Oliveira, 21, o “Davi Gordo”, e Joanderson Menezes Lima, 24, na Avenida Eduardo Froez da Mota, no bairro 35º BI, quando praticavam roubos, com Ademilson Moreira de Araújo. Conduzidos à delegacia, Davi Gordo, que é namorado de Daiane, e Joanderson, confessaram ter matado Dorian a mando dela.

Segundo a polícia, Ademilson não participou da morte do empresário e foi autuado em flagrante apenas por roubo qualificado e tentativa de homicídio, pois trocou tiro com os policiais.

Conforme o delegado, Daiane começou a ter um relacionamento com Davi Gordo e contou ao comparsa que tinha um caso com o empresário. "Ela disse a ele que o empresário era bastante rico e, a partir disso, planejaram o assalto contra a vítima", disse o delegado.

Conforme a polícia, a jovem e os dois comparsas teriam planejado o crime um dia antes de o empresário ser morto. No dia do homicídio, segundo a polícia, a mulher ligou para a vítima e marcou um encontro em um local onde funcionava o antigo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas proximidades do campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Logo após os dois se encontrarem no local, ambos foram para uma casa alugada nas proximidades por um dos homens presos. No imóvel, Daniane e o empresário tiveram relação sexual e, quando estavam saindo da residência, os comparsas da jovem anunciaram o assalto. A vítima foi rendida e encaminhada pelos suspeitos ao local do crime, no povoado do Caetano, no distrito de Humildes.

"Ela [a amante] chegou a ser amarrada com ele [a vítima] pelos suspeitos. Mas o empresário desconfiou que se tratava de uma armação. Foi então que os suspeitos ficaram com medo da vítima chamar a polícia e decidiram matar o empresário", disse o delegado. O empresário foi morto com seis tiros na cabeça. Segundo a polícia, todos os disparos foram deflagrados por Joanderson, que estava com um revólver calibre 32.

Depois do crime, Joanderson Menezes Lima e Davi Rios de Oliveira ficaram com o carro da vítima e utilizaram o veículo para realizar assaltos. “Eles [os dois suspeitos] contaram que já conheciam Dorian, que ele tinha fama de milionário. Então fizeram a emboscada e praticaram o assalto, mas a vítima tinha apenas R$ 300 na carteira. Eles disseram que iam deixar ele amarrado em um armazém, mas quando ele tentou fugir, foi baleado”, contou o delegado Fabrício Alencar, que também acompanha o caso.

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