Estudantes liderados pela União Nacional dos Estudantes (UNE) foram reprimidos pela Polícia Militar quando faziam manifestação em frente ao Ministério da Educação, onde acontecia uma reunião com reitores das universidades públicas. O protesto era contra o corte de verbas na educação e contra a tentativa de instituir a cobrança de mensalidades nas universidades públicas. Os policiais agrediram os estudantes com gás de pimenta e cassetetes, e prenderam ainda um estudantes.
Para Iago Montalvão, recém-leito presidente da UNE, os estudantes foram ao MEC para entregar os documentos aprovados pelo 57º Congresso nacional da entidade, que ocorreu em Brasília, entre os dias 10 e 14 de julho. Ele informa que estavam presentes ao ato estudantes de diversas universidades brasileiras que ficaram em Brasília após o congresso. No entanto, ao invés de receber os estudantes, o Ministério acionou a Polícia Militar que usou de violência brutal contra os jovens e ainda prendeu um dois manifestantes.
Policial tenta agredir Iago Montalvão, presidente da UNE - Foto: Matheus Alves
‘’ Nós estávamos aqui pacificamente para demonstrar a nossa indignação com quem tira dinheiro da educação e quer privatizar a universidade pública e a polícia quis nos tirar a força da frente do MEC. Nos agrediram de forma brutal e covarde, mas nós vamos continuar aqui para demonstrar nossa indignação não só com quem corta da educação, mas com quem também é autoritário e não aceita uma manifestação democrática’’, afirmou o presidente da UNE Iago Montalvão.
Além de agredir os estudantes, a polícia também retirou os cartazes colados por eles na porta do Ministério. Um estudante chegou a ser levado de para uma delegacia de polícia. Os estudantes permaneceram próximo ao MEC para tentar entregar suas reivindicações aos reitores das federais presentes em Brasília.
Reunião com reitores
O Ministério da Educação convocou todos os reitores das universidades federais brasileiras para reuniões nesta semana em que discutirão, segundo a pasta, uma proposta para “aumentar a autonomia financeira”. Embora o Ministério não tenha dado detalhes sobre as pautas da reunião, na quarta-feira passada (10) o secretário de Educação Superior mencionou na Conferência Internacional sobre Financiamento Vinculado à Renda que o plano se chamará Future-se.
Na última quinta-feira (11), durante um pronunciamento sobre a educação básica, o ministro Abraham Weintraub também mencionou o plano. Ele anunciou que lançaria “um projeto para reformular e libertar as universidades federais, para que elas atinjam o mesmo desempenho dos países de ponta, no mundo”.
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