Comemorando a prisão de quatro suspeitos de hackear celulares de autoridades, o ministro Sergio Moro está confiando que a Polícia Federal (PF) confirmará as alegações do ex-juiz. A investigação mostrou que não houve sofisticação nas “invasões”, o que pode comprometer a versão de Moro sobre os fatos.
Os quatro suspeitos na Operação Spoofing teriam se passado por dezenas de autoridades para tentar capturar mensagens trocadas através do Telegram. De acordo com informações divulgadas pela Justiça e publicadas pelo colunista Helio Gurovitz, os envolvidos não invadiam os celulares das vítimas, eles usavam programas da internet para fazer ligações pela web, simulando o identificador da chamada, manobra chamada de “spoofing”. Com isso, conseguiam fazer com que a ligação parecesse autêntica.
A polícia analisou os computadores e descobriu quase mil números adotados como alvo, entre eles o de Moro. Um dos suspeitos, Walter Delgatti Neto confessou o crime e, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, confirmou ter sido a origem de mensagens atribuídas a Moro e a procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, publicadas desde de junho pelo The Intercept Brasil.
A PF terá que provar, entre outras coisas, se as mensagens são autênticas, se houve participação de mais pessoas e se a cronologia das mensagens está correta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário