Uma perícia foi realizada nesta quinta-feira (31) na Fazenda Santa Isabel, denunciada por maus-tratos a cerca de mil jumentos. A polícia, acompanhada de profissionais da ADAB - Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia e da Prefeitura de Euclides da Cunha, vistoriou o local e verificou a situação deplorável na qual se encontravam os animais, que estão lutando para sobreviver.
O proprietário da fazenda, que arrendou parte do seu terreno, foi ouvido e uma intimação foi expedida para o locatário do espaço. A suspeita é que os jumentos pertençam à empresa chinesa Cuifeng Lin, responsável pelo crime contra os animais denunciado no ano passado em Itapetinga.
A equipe também entrou em contato com o Ministério Público e a Polícia Rodoviária Federal, mas ainda nenhuma medida foi tomada. Famintos, os jumentos que ainda continuam vivos estão fracos, desorientados e cambaleantes. O número de mortes tem aumentado diariamente.
Outro problema tem sido o mau cheiro por causa dos inúmeros cadáveres em estado avançado de decomposição. Eles foram jogados em grandes buracos como se fossem lixo.
“Centenas de animais provenientes do Maranhão, Pernambuco, Ceará e Paraíba foram deixados em uma pequena área da Fazenda Santa Isabel, próximo a Euclides da Cunha, após a interdição judicial do abatedouro/frigorífico que funcionava em Itapetinga. Policiais foram ao local e constataram cerca de 800 animais e duas valas com 200 animais mortos, inclusive recém-nascidos”, contou o médico veterinário e vereador do município, Del Lima, em entrevista.
Na quarta-feira (30), dois gerentes do abatedouro foram encaminhados à delegacia, mas um deles alegou não entender português. O outro foi ouvido pelo escrivão. Os dois acabaram sendo liberados, causando indignação na população.
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