A fisioterapeuta e cantora Milena da Silva Pereira Siqueira, de 37 anos, foi morta pelo ex-marido Emerson Modesto de Faria, de 45 anos, na noite dessa quinta-feira (10), em Formiga, região Centro-Oeste de Minas Gerais. O homem também abriu fogo contra uma das cinco filhas da mulher, de 17 anos. Após os crimes, o homem se matou. Ela possuía uma medida protetiva contra o ex-companheiro, o que levantou um debate nas redes sociais.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime ocorreu por volta das 20h30, no bairro Recanto da Praia, residência das vítimas. O homem chegou de carro, estacionou o veículo próximo à casa delas e, em seguida, desceu já atirando.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a mulher foi executada com dois tiros no peito. Ela chegou a ser levada para o hospital, mas já deu entrada em óbito na unidade.
Uma adolescente de 17 anos, filha da vítima, ficou ferida na mão e no peito. A jovem foi encaminhada para a Santa Casa de Formiga e transferida para o Complexo de Saúde São João de Deus, em Divinópolis, também no Centro-Oeste mineiro. A jovem está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e, segundo o hospital, o estado de saúde dela é grave.
O homem se matou logo na sequência dos crimes, com um tiro na cabeça. A arma usada no crime foi encontrada ao lado do carro do homem, um Gol de cor prata. No veículo, foram apreendidos um facão, 12 estojos e medicamentos. A Polícia Civil investiga o caso.
Moradores da cidade pedem o fim da violência contra a mulher
O caso tomou grande repercussão na cidade. Amigos, conhecidos, familiares e pessoas do município inciaram um debate sobre a violência contra a mulher. Milena já havia sido ameaçada diversas vezes pelo ex-marido e possuía uma medida protetiva.
“O fato acontecido agora a pouco na porta da minha casa me fez pensar em alguns questionamentos. De que serve a medida protetiva? O que se passa na cabeça de uma pessoa que tira fotos de pessoas assassinadas e sai espalhando no Whatsapp? Até quando veremos esse tipo de situação acontecer? Que Deus tenha piedade de nós!”, escreveu Marcos Belo Rocha, integrante da banda da qual a mulher fazia parte.
“Infelizmente medida protetiva não serve pra nada mesmo! Falo por experiência própria, aí como a lei não funciona fica isso aí. Vale mais para o homem, porque deixamos de frequentar certos lugares por conta de ameaças”, escreveu Sandra Silva.
Algumas pessoas compartilharam imagens pedindo o fim da violência e que a mulher possa “ficar viva após o fim de um relacionamento”.
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