sábado, 10 de março de 2018

Riachão do Jacuípe: Quadrigêmeos de gravidez natural recebem alta e já estão em casa


Os quadrigêmeos que nasceram prematuros em Salvador receberam alta e já estão em casa em Riachão do Jacuípe, na Bacia do Jacuípe, onde a mãe reside. Segundo o G1, a alta ocorreu nesta sexta-feira (9), um mês e 11 dias depois do nascimento dos bebês, de parto natural. Elias, Maria Eduarda, Maria Eloisa e Maria Elena nasceram no dia 26 de janeiro, na Maternidade de Referência José Maria de Magalhães Neto, no bairro do Pau Miúdo, na capital baiana, após uma gestação natural, sem fertilização.

A mãe, Eliomária Gomes, é agente de endemias e o pai é caminhoneiro. Durante a gravidez, eles tiveram de se deslocar de Riachão do Jacuípe para Salvador diversas vezes para fazer o acompanhamento médico. Os pais chegam a gastar 960 fraldas por mês com as crianças. Eles receberam muitas doações de pessoas que ficaram sensibilizadas com os custos da família.

Os quadrigêmeos da família de Riachão do Jacuípe nasceram no dia 26 de janeiro. O parto e o pré-natal foram feitos na Maternidade José Maria Magalhães Neto porque, em caso de quadrigêmeos, são necessários cuidados rigorosos. Os pais das crianças contaram com ajuda da comunidade do município Riachão do Jacuípe para arcar com os custos quadriplicados da gestação.

“Fizeram rifa, doaram fraldas, berço. Por mais que a gente tenha comprado, mas eram quatro, né? Foi um milagre desde o início, um amor incondicional de pessoas que eu nem conhecia, e vieram ajudar com doações. No momento, eu só tenho que agradecer imensamente”, contou a mãe das crianças.

Eliomária já tinha um filho de 9 anos e diz que a família foi surpreendida com o caso de quadrigêmeos, que não foi planejado. “Sem acreditar. Na nossa família, nem na do meu esposo, têm gêmeos, então no início foi um susto, mas milagre a gente aceita e pronto”, considera.

Ela conta que só pode trabalhar até o início da gestação. “Eu trabalhei até os 4 meses e, dos 4 meses em diante, já começou um repouso mais absoluto, porque poderia ter dado um deslocamento de placenta. A gente sabia que ia ser prematuro, mas caso eu fizesse algo, poderia vir prematuro extremo”, conta. 

Na gestação, só haviam três placentas, porque duas das crianças são gêmeas univitelinas e idênticas, ou seja, ficaram em uma placenta só. Foi necessária uma grande equipe na chegada dos bebês: três obstetras, quatro hematologistas, quatro enfermeiros e um anestesista trabalharam durante o parto.

A menor foi Maria Eduarda, que nasceu com 1 kg e 15 gramas e 40 centímetros de altura. O maior bebê foi Elias, com 1 kg e 600 gramas e 43 centímetros.

Na saída da maternidade, a família foi aplaudida por funcionários da unidade de saúde

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