terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Aedes: infestação de risco médio em 35% dos bairros


Aracaju continua em estado de alerta no combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças preocupantes do tipo dengue, chikungunya, febre amarela urbana e zica. De acordo com os dados revelados pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) nesta terça-feira, 16, 35% dos bairros da capital apresentam índices de infestação predial acima de 1%, classificado como médio risco, apesar da média geral ter reduzido nos últimos doze meses e ficarem estabelecidos em 0,8% neste mês de janeiro.
Edvaldo: índices bons, mas situação ainda preocupa (Fotos: Portal Infonet)

Apesar da preocupação, não há situações de alto risco na capital sergipana e o índice geral de infestação é  menor dos últimos 11 anos, segundo o prefeito Edvaldo Nogueira. De acordo com o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), os maiores índices de infestação predial estão concentrados nos bairros São José, Grageru, Getúlio Vargas e Praia 13 de Julho (1,9%), Pereira Lobo, Suissa e Olaria (1,8%), Cirurgia e Japãozinho (1,7%), Atalaia (1,6%) e Santa Maria, que se destaca com índices variando entre 1% e 1,5%. Também é preocupante a situação dos bairros Ponto Novo e Industrial (1,4%), Salgado Filho (1,1%) e Soledade (1%).
A meta, segundo o prefeito é reduzir ao máximo esta incidência de infestação predial para atingir um patamar inferior a 1% em toda capital até o mês de julho deste ano. Para tanto, a PMA através da Secretaria Municipal da Saúde está intensificando campanhas públicas e mutirões para evitar o acúmulo de água nas residências, que se torna ambiente favorável para o desenvolvimento do mosquito. E, especialmente, durante o Carnaval nos arredores onde há concentração de hotéis e desfiles de blocos.

Acúmulo de água

O armazenamento de água de forma inadequada e o acúmulo de lixão são as principais causas da proliferação do mosquito nas áreas classificadas de risco médio, segundo informações da diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Taíse Cavalcante. “A população precisa ter o cuidado necessário ao armazenar a água, fazendo a limpeza interna das paredes dos reservatórios, pelo menos duas vezes na semana”, adverte a diretora.

Barrios com maior índice de infestação

Ela explica que os ovos ficam armazenados nas paredes dos reservatórios e podem ficar incubados por um período de 450 dias aguardando a água para desenvolver o mosquito. Com a limpeza regular dos reservatórios os ovos são destruídos. Os mutirões realizados pela Secretaria Municipal de Saúde, segundo Taíse Cavalcante identificaram ambientes favoráveis à proliferação do mosquito nas residências e não mais nos terrenos baldios.

Foram encontrados, conforme Taíse Cavalcante, banheiros sem uso com a presença de larvas nos ralos e entulhos nos quintais das residências, que favorecem o desenvolvimento do mosquito adulto, responsável pela transmissão das doenças mais preocupantes. Em muitos bairros o índice de infestação predial caiu, mas em outros houve evolução. “O nosso trabalho está eficiente, baixamos de forma efetiva os índices em janeiro, mas estes índices não podem nos deixar de braços cruzados”, observa o prefeito. “Temos que avançar ainda mais para baixar muito mais, e deixar com índice inferior a 1% em todo município”, enalteceu Edvaldo Nogueira.

Segundo o prefeito, 65% dos bairros apresentaram índices de infestação predial suportáveis, abaixo de 1%, mas há ainda 35% dos bairros com índices superiores a 1%, áreas classificadas de risco médio. Em Aracaju, conforme o prefeito, não  há áreas consideradas de alto risco.

Por Cássia Santana

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