sexta-feira, 26 de maio de 2017

Tragédia Pague Menos: Diretor e mais sete pessoas são indiciados por homicídio

Perito criminal Eduardo Rodamilans e a delegada Thaís Siqueira
Oito pessoas foram indiciadas por homicídio e tentativa de homicídio na tragédia da Farmácia Pague Menos, em Camaçari. A delegada Thaís Siqueira, titular da 18ª Delegacia Territorial (DT), anunciou nesta sexta-feira (26), a conclusão do inquérito sobre a investigação do incêndio que vitimou fatalmente dez pessoas e feriu outras nove na farmácia, em 23 de novembro de 2016.
O anúncio foi feito no auditório do edifício-sede da Polícia Civil, na Piedade, em uma coletiva de imprensa. Acompanhada do perito criminal Eduardo Rodamilans, coordenador de Engenharia Legal do Departamento de Polícia Técnica (DPT), a delegada informou que chegou a essa conclusão baseada no depoimento de mais de 60 pessoas e nos laudos produzidos pelo DPT.

Segundo a delegada, os envolvidos agiram diretamente para o desfecho dos fatos ao infringir as normas regulamentares relacionadas ao trabalho de manutenção que vinha sendo realizado na loja. O inquérito de 350 páginas, foi remetido ao Ministério Público (MP), de Camaçari, no final de março. "Não restou dúvidas de que todos os indiciados sabiam dos riscos e, mesmo assim, consentiram a abertura da loja naquele dia", afirmou a delegada.

Baseado nos laudos do DPT, foram indiciados o seguintes envolvidos: Josué Ubiranilson Alves, diretor da empresa Pague Menos, Augusto Alves Pereira, gerente regional, Maria Rita Santos Sampaio, gerente da farmácia incendiada em Camaçari, Erick Bezerra Chianca, sócio da empresa de manutenção Chianca, Rafael Fabrício Nascimento de Almeida, sócio da empresa de manutenção AR Empreendimentos, e Luciano Santos Silva, técnico em refrigeração pela AR. Eles vão responder por homicídios por dolo eventual e tentativas de homicídio das nove vítimas que ficaram feridas.
Já Fernando Vieira de Farias e Edilson Soares de Souza, funcionários da empresa de manutenção Chianca, foram indiciados por homicídio culposo, visto que agiram com negligência. No local do incêndio, a perícia encontrou botijões de gás GLP e soldas elétricas que estavam sendo utilizadas pelos operários que trabalhavam nas obras de reparo do telhado e do sistema de ar condicionado da loja. A perícia apontou ainda várias outras irregularidades na execução da obra, expondo a riscos os funcionários e clientes do local.

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