segunda-feira, 16 de maio de 2016

Escolha do líder do governo na Câmara vira alvo de disputa entre Temer e Cunha



O presidente em exercício, Michel Temer, ao lado de Eduardo Cunha: o eterno 'toma lá, da cá'
Agência Brasil
O presidente em exercício, Michel Temer, ao lado de Eduardo Cunha: o eterno 'toma lá, da cá'

A disputa pela liderança do governo na Câmara colocou em lados opostos o grupo do presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), e do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do comando da Casa por decisão do Supremo Tribunal Federal.

O embate revela também uma disputa por quem deve dar as cartas na Casa na gestão Temer. Isso porque Maia representa o grupo de legendas que fizeram oposição ao governo Dilma, como DEM, PSDB e PPS, as quais, cada qual a seu tempo, se posicionaram a favor do afastamento de Cunha da presidência da Câmara. Moura pertence ao centrão, é apadrinhado pelo parlamentar afastado e pretende manter o protagonismo na Casa na atual legislatura.No páreo pela condução das discussões e votações dos projetos do novo governo no plenário está o líder do PSC, André Moura (SE), e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O primeiro é ligado a Cunha e representa o grupo de partidos conhecidos como centrão, integrado também por PR, PP, PSD e PTB. Já Maia conta com o patrocínio de Moreira Franco, braço direito de Temer e atualmente responsável pelo Programa de Parceria de Investimentos do governo.
A disputa entre os dois grupos tem desagradado aos ministros palacianos e será motivo de discussão com o presidente em exercício ao longo desta semana. A avaliação é de que não dá para a liderança de governo virar alvo de disputa dentro da base de Temer logo na sequência de ele assumir a Presidência da República.


André Moura é ligado a Cunha e representa o grupo de partidos conhecidos como centrão
Agência Brasil
André Moura é ligado a Cunha e representa o grupo de partidos conhecidos como centrão


Apesar do descontentamento com a discórdia, dentro do Palácio do Planalto, Maia é visto como o nome mais cotado para assumir a liderança do governo, principalmente porque ajudaria a desvincular, em parte, as imagens de Temer e Cunha.
No entanto, como Temer tampouco quer se indispor com Cunha, que ainda mantém grande influência na Câmara, uma das alternativas estudadas para evitar desgastes iniciais na base aliada é dividir as atribuições entre os dois deputados.
Nesse sentido, Moura ficaria como primeiro vice-líder do governo e atuaria mais na costura dos acordos e articulação nos bastidores para a votação das propostas de interesse. Já Maia desempenharia uma função de embate ideológico e enfrentamento da oposição na tribuna da Casa.

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