Daniela Mercury entrou com uma ação penal contra o deputado Sargento Isidorio por causa de um vídeo gravado por ele, em julho, depois que a cantora se manifestou publicamente contra o cancelamento de uma peça com uma atriz transexual, que seria exibida no Festival de Garanhuns, em Pernambuco. O vídeo, segundo o comunicado enviado à imprensa na tarde dessa segunda-feira (05), conta "com afirmações falsas e agressões absurdas à artista". Sargento Isidorio é deputado federal pela Bahia, do partido Avante.
"A assessoria jurídica criminal da cantora Daniela Mercury, comandada pelo criminalista Ricardo Sidi, entrou com uma ação penal contra o deputado Sargento Isidorio por conta de um vídeo gravado por ele com afirmações falsas e agressões absurdas à artista, que também é embaixadora do Unicef há 23 anos e embaixadora da ONU no mundo para causas LGBTS. O deputado fez o vídeo depois que Daniela se manifestou, no Festival de Inverno de Garanhuns (em 21/07/2018), contra a censura da peça teatral interpretada por uma atriz trans, que seria apresentada naquele festival e foi cancelada.
Daniela, durante seu show, fez um longo discurso contra a censura da arte e pela liberdade de expressão, criticando a decisão de cortar da programação a peça que teria uma atriz trans interpretando Jesus. Em nenhum momento do seu discurso, Daniela agride qualquer religião. Daniela também NÃO xinga Jesus. Daniela NÃO diz que Jesus é gay. Daniela NÃO diz que Jesus é travesti. Daniela apenas defende o direito de qualquer artista de interpretar quem quer que seja sem ser censurado, garantindo assim o cumprimento do que está na nossa Constituição.
A partir do vídeo do Deputado, onde há claramente o crime de injúria, com aumento de pena por ter se utilizado de meio que facilitou a propagação da ofensa (a internet), outras centenas de milhares de fake news envolvendo Daniela surgiram e até hoje são motivo de agressão à artista nas redes sociais, com ameaças de cancelamento de shows e pedidos de explicação à produção da artista. Agora, o caso e o nosso desejo de justiça estão nas mãos da juiza Regina Maria Couto de Cerqueira e da promotora Izabel Cristina Vitória Santos". Fonte: O Globo*
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