Comemorado em todo o país desde 2011, o Dia da Consciência Negra será feriado pela primeira vez no Maranhão neste 20 de novembro. Em todo o Brasil, a data nasceu após a sanção da Lei 12.519 pela então presidente Dilma Rousseff. O artigo 1º da lei diz:
Entretanto, estados não são obrigados a declarar a data como feriado. No Maranhão, o feriado nasceu a partir da Lei 10.747 criada pela Assembleia Legislativa em 12 de dezembro de 2017 e sancionada pelo governador Flávio Dino.
Além de coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, o dia é dedicado a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Negros no Maranhão
De acordo com o último dado do IBGE, 80,9% da população maranhense é parda ou negra. No entanto, ainda há muito a ser superado em relação a desigualdade encontrada no estado.
Em março, um levantamento do G1 com base em dados do Ministério do Trabalho mostrou que, em média, os negros no Maranhão recebem o equivalente a 74,3% do salário de quem é branco. Em números, o salário médio de brancos maranhenses é de R$ 2.340,60, enquanto dos negros é de R$ 1.739,40.
“Essa exclusão é histórica. Desde a abolição a população negra foi excluída do processo participativo na sociedade. O único trabalho que era realizado por eles era de mão de obra dos imigrantes europeus. Naquela época, existiam leis com relação a educação, criadas para evitar que o negro chegasse a escolaridade”, explicou o antropólogo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Carlos Benedito Rodrigues da Silva.
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