O técnico de laborátorio Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, aproveitou a queima de fogos durante a virada do ano, pulou o muro de uma casa em Campinas (interior de SP) e matou 12 pessoas, entre elas sua ex-mulher Isamara Filier, de 41 anos, e o filho. Ele invadiu a casa disparando uma pistola 9 mm pouco antes da meia-noite, depois atirou contra a própria cabeça. O motivo do crime seria a separação do casal e uma disputa pela guarda do filho, João Victor Filier de Araújo, de 8 anos.
A tragédia acabou com os planos de Isamara para 2017. Poucos antes de ser morta, ela desejou um ano de felicidade. "Para 2017...saúde paz prosperidade e muitas alegrias", postou ela em uma rede social ontem à noite, horas antes do crime.
Com os disparos feitos por Sidnei, uma das vítimas, que festejavam a passagem do ano em família, chegou a pensar que estava ouvindo o barulho de fogos. Ela percebeu o que estava acontecendo ao ver uma das vítimas caindo ao chão. Só sobreviveu porque correu e se escondeu em um banheiro da casa, segundo a polícia.
Sidnei planejou o crime e chegou a gravar um áudio, cujo contéudo ainda não foi divulgado, pouco antes da chacina. A gravação foi encontrada em seu carro, estacionado perto da casa invadida, no Jardim Aurélia, bairro de classe média de Campinas. Além da pistola usada na chacina, o técnico estava com dois carregadores, munições, um canivete e dez artefatos, aparentemente explosivos, segundo a polícia. O material passará por análise.
Das vítimas, 11 morreram na casa. Uma outra pessoa morreu a caminho do hospital e três estão internadas, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, quatro pessoas que estavam na festa não foram atingidas pelos disparos.
As investigações iniciais apontam que pelo menos 30 tiros foram disparados, que vizinhos também chegaram a confundir com fogos de artifício em comemoração ao Ano Novo. A polícia foi chamada após uma das vítimas, baleada na perna, conseguir pedir ajuda a vizinhos.
De acordo com informação dada pela família de Sidnei à Polícia Militar, o atirador sofria problemas psicológicos desde a separação da mulher. Segundo dados de processos judiciais, eles travavam uma disputa sobre as visitas do técnico ao filho pelo menos desde 2013.
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