sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Polícia apreende agenda e descobre que interno do Presídio de Segurança Máxima de Serrinha continua comandando o tráfico de drogas em bairros de Salvador

Policiais da 4ª Delegacia (São Caetano) apreenderam, na tarde desta quinta-feira (17), uma agenda com as transações do tráfico de drogas em toda região de São Caetano e Fazenda Grande do Retiro, além de uma quantidade de droga avaliada em R$150 mil. De acordo com o delegado Nilton Tormes, o material indica que o traficante Washington Davi Santos da Silva, o Boca Mole, 30 anos, comanda o tráfico na região.

De acordo com o delegado, embora esteja no Presídio de Segurança Máxima de Serrinha desde 2013, a agenda mostra que ele continua comandando o tráfico na região. "Nós já tínhamos esse indicativo e esse documento corrobora nossas suspeitas. É, sem dúvida, uma perda muito grande para esse grupo criminoso", pontuou Tormes. Preso desde 2013, Boca Mole foi confirmado pela Polícia Civil como autor de 26 homicídios. Ainda segundo a polícia, ele pertence à facção Bonde do Maluco (BDM).

Apreensão
Policiais da 4ª Delegacia faziam uma operação na região da Capelinha de São Caetano, na tarde desta quinta, quando suspeitaram de um homem. "Os agentes se depararam com o indivíduo, que fugiu do local, abandonando uma quantidade de drogas em frente à residência de onde ele havia acabado de sair, deixando a porta aberta", relatou Nilton Tormes. 

Sete quilos de drogas foram encontrados, sendo quatro de maconha e três de cocaína, além de uma pequena quantidade de crack. De acordo com Tormes, a cocaína é do tipo nine (100% pura). "A droga ainda não foi periciada, mas estimamos que o valor gire em torno de R$150 mil". Ainda segundo o delegado, o homem é pardo e aparenta ter 25 anos.
Em seguida, a polícia entrou na casa e encontrou mais drogas e uma agenda das transações econômicas do tráfico. Segundo a polícia, populares informaram que o imóvel, localizado na Rua Major Pinheiro, na Capelinha, foi alugado para a movimentação de armas e drogas. 

"Sem dúvida alguma, para eles a perda da agenda é muito maior do que a perda das drogas", disse o delegado. Na agenda, constam valores das dívidas de cada traficante com o chefe, indicado como Boca Mole. As anotações especificam dívidas e quantidade de drogas dos meses de julho a novembro deste ano.

Para o delegado, a apreensão enfraquece a quadrilha. "Isso ajuda muito a identificar quem são os traficantes, o que, por tabela, coíbe os homicídios. Infelizmente, o tráfico que direciona o indivíduo à morte", finalizou.

FONTE: Correio24horas, com fotos de Tailane Muniz

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