Olá!
O Judiciário e o Legislativo retornam ao trabalho depois do recesso em meio a uma guerra entre os poderes, patrocinada pelas posições do presidente Jair Bolsonaro em defesa do voto impresso e contra o sistema eletrônico brasileiro de votação, que funciona desde 1996 sem que tenha havido uma constatação sequer de problemas.
Desde a live feita por Bolsonaro em defesa do voto impresso, os ataques mútuos se intensificaram. O presidente chamou manifestações em favor da mudança no fim de semana. E, nesta segunda-feira (2), os demais poderes reagiram. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nota assinada por todos os seus presidentes desde a redemocratização em 1988 em defesa da urna eletrônica e alertando que uma eventual volta da conferência manual dos votos em papel é que pode trazer riscos maiores de fraude.
Pesquisa feita pelo Instituto Idea aponta também para a reação no Legislativo. O Instituto ouviu os presidentes de 18 partidos, e, de forma unânime, eles se disseram contrários à alteração proposta pelo presidente consubstanciada no projeto da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Para eles, seria um retrocesso. Mais do que isso, na visão dos presidentes dos partidos, trata-se unicamente de uma tentativa de tumultuar o processo democrático.
No retorno do Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse que o momento é de fortalecer e não deslegitimar a confiança da sociedade nas instituições. E elevou o tom, ao dizer que o Judiciário precisa "vislumbrar o momento adequado para erguer a voz diante de eventuais ameaças".
O semestre que começa promete fortes emoções...
Abraço,
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