terça-feira, 28 de novembro de 2017

Filho de prefeito atira em arquiteto após briga de trânsito na Bahia

Marcas de tiro no carro do arquiteto (Arquivo Pessoal)


Marcas de tiro no carro do arquiteto (Arquivo Pessoal)
O empresário João Vitor Magalhães, 27, filho do prefeito de Sítio do Mato (Oeste da Bahia), Alfredo Magalhães (PDT), tentou matar a tiros o arquiteto Wilson Magalhães, após uma discussão de trânsito.
A tentativa de homicídio ocorreu por volta das 20h de domingo (26) em Bom Jesus da Lapa, cidade do Vale do São Francisco, onde moram o arquiteto. Wilson afirma que contra ele foram disparados ao menos sete tiros - os disparos atingiram o carro que dirigia, um GM Cruze placa OUO 4788.
O arquiteto disse à polícia que seguia por uma das avenidas da cidade, quando ultrapassou uma caminhonete Hilux branca, que trafegava lentamente em sua frente. Na Hilux, estavam João Vitor e o irmão Alfredo Magalhães de Almeida Neto, que dirigia o carro.
O arquiteto disse que os irmãos passaram a seguir o seu carro depois da ultrapassagem, próximo ao campus da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob).
Na sequência, um picape não identificada e que carregava uma lancha no reboque ultrapassou o Cruze e ficou na frente, andando devagar, enquanto a Hilux vinha atrás, com a intenção, disse o arquiteto no boletim, de causar um acidente.
A Hilux, em seguida, começou a fechar o Cruze. Ao parar em uma sinaleira, o arquiteto disse que baixou o vidro do carro e perguntou aos ocupantes da Hilux se estavam querendo provocar um acidente - João Vitor desceu do veículo e, segundo a versão da vítima, deu um soco no retrovisor do Cruze, quebrando-o.
O arquiteto passou a seguir a Hilux, que se dirigiu até o comércio da família, nas proximidades do mercado municipal. João Vitor foi até o escritório e pegou uma pistola 380 e começou a disparar.
De acordo com populares, a vítima saiu desesperado, gritando por socorro, enquanto João Vitor o perseguia, desferindo vários tiros em sua direção. Na fuga, o arquiteto atropelou Alfredo Neto, que teve escoriações leves e junto com João Vitor foram atrás da vítima, disparando tiros pela cidade.
O arquiteto fugiu em direção à delegacia local, onde conseguiu chegar mesmo com o pneu do carro furado, e prestou queixa. Fotos do carro do arquiteto mostram ao menos quatro marcas de tiros no veículo.
João Vitor se apresentou cerca de uma hora depois. Segundo o delegado Marcelo Costa Amado, João Vitor tem licença para usar arma dentro de casa, mas não comentou sobre o fato de arma ter sido usada na rua.
A pistola é licenciada, de acordo com o delegado. Amado disse que João Vitor “não foi preso em flagrante por tentativa de homicídio porque se apresentou espontaneamente à delegacia”, onde foi acompanhado do pai, o prefeito Alfredo Magalhães. O caso foi registrado como crime de ameaça.
O delegado disse que ainda está investigando o caso: “Estamos ouvindo algumas testemunhas e estudando quais são as providências cabíveis neste caso”, disse o delegado, que afirmou já ter ouvido todas as partes envolvidas.
O arquiteto Wilson Magalhães disse que foi ameaçado de morte por João Vitor na delegacia. O CORREIO procurou o advogado Cassiano Lúcio Lisboa Veríssimo, que defende João Vitor, e até a publicação desta matéria ainda não havia dado resposta.

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