quinta-feira, 25 de março de 2021

Homem é flagrado correndo nu pelas ruas de Belo Horizonte, usando apenas um gorro na cabeça;


Crédito da Foto: Instagram/@victoorfit

Poderia ser apenas mais um dia comum em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, nesta quinta-feira (25/3), não fosse uma cena inusitada, flagrada por um motorista que passava próxima à praça Diogo Vasconcelos, no bairro Funcionários. Ali, um homem corria tranquilamente, usando apenas um gorro na cabeça.

Isso mesmo que você leu: o rapaz estava dando uma 'corridinha' completamente nu, carregando o short na mão. Nas imagens, o 'peladão' não parece se incomodar com os olhares que está recebendo das pessoas ao redor.

A cena inusitada foi registrada às 6h27 da manhã. "Ê, lasqueira", gritou o instrutor Victor Nébias, internauta que gravou o momento e publicou em seu perfil no Instagram, através da ferramenta stories. Em outros vídeos, ele explicou que, inicialmente, o homem estava usando o short, mas tirou a vestimenta quando o sinal de trânsito abriu e começou a correr pelado. "Às vezes 'tá' pagando promessa pra alguém", sugeriu Victor, aos risos.

VEJA:

 

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Vídeo que mostra UPA Centro-Sul com leitos de Covid-19 vazios é FARSA


Gravado por um paciente, um vídeo mostrando leitos vazios na UPA Centro-Sul, em Belo Horizonte, viralizou nas redes sociais ao longo dos últimos dias. Nas imagens, a pessoa diz que está sozinha e mostra os leitos vazios, em um momento do ápice da pandemia de Covid-19 na capital mineira. Contudo, ao BHAZ, a SMSA (Secretaria Municipal de Saúde) explica que o local onde foi gravado o vídeo é reservado a pacientes não-Covid. As UPAs seguem com muitos atendimentos e a situação atual da pandemia ainda preocupa. Ajude: não compartilhe informações falsas!

Nas imagens, um paciente, que está deitado em um dos leitos diz: “Eu estou sozinho aqui, eu tô sozinho, sozinho. Tem lógica?”. Enquanto fala, ele mostra todos os outros leitos vazios. Como estamos em um momento crítico da pandemia, no qual já começam a faltar leitos, as pessoas estão se questionando o motivo de não haver outras pessoas no local.
 

sexta-feira, 19 de março de 2021

Cidade da Grande BH decide vetar cultos e proíbe até serviços essenciais

 comércio fechado (1)

Até mesmo parte dos comércios essenciais terão que fechar as portas aos finais de semana (Amanda Dias/BHAZ)
Temendo um agravamento ainda maior da situação da Covid-19, a Prefeitura de Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, decidiu adotar medidas ainda mais restritas do que as estipuladas pela onda roxa do Minas Consciente, na qual estão quase todos os municípios do estado. A cidade proibiu celebrações religiosas em templos e até mesmo o funcionamento de boa parte dos serviços essenciais aos fins de semana – como supermercados, açougues, sacolões, padarias e agências bancárias, entre outros.

A decisão foi anunciada após uma reunião da prefeitura com o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19. “O documento segue a orientação do programa Minas Consciente do governo do estado que colocou todos os municípios mineiros na ‘onda roxa’ devido ao avanço da pandemia que está provocando colapso na rede de saúde, onde já começam a faltar leitos para os doentes”, argumentou a prefeitura ao comunicar a decisão.

Com a medida em vigor desde ontem (18), as restrições maiores acontecerão nos fins de semana. Nesse período, só poderão funcionar seis categorias das mais de 20 classificadas pelo Governo de Minas como essenciais. São elas:

Postos de gasolina
Farmácias (somente com balcão de atendimento na porta)
Serviços de saúde emergenciais
Serviços veterinários emergenciais
Transporte e entrega de carga
Transporte coletivo, táxi e por aplicativo
Todos os demais serviços deverão permanecer fechados, podendo voltar a funcionar no início da semana – somente até as 20h. Segundo a prefeitura, a medida é válida até o fim deste mês, período previsto de duração da onda roxa em todo o estado

Serrinha: Homem dispensa caixa de remédio com droga ao ver viatura policial, mas acaba preso

 

Zenildo Ramos de Oliveira, de 52 anos, foi preso por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas na manhã desta quinta-feira (18), em Serrinha. A Polícia Militar apreendeu porções de crack durante a ocorrência.

Policiais da CETO (Companhia de Emprego Tático Operacional) do 16º BPM patrulhavam pela Rua Bahia, no bairro de Oséias, por volta das 9h25, quando avistaram o homem já conhecido do meio policial pelo possível envolvimento com crime de tráfico de entorpecentes.

'Veio', como é conhecido o homem, ao avistar a viatura policial, dispensou algo no chão. Abordado, ele passou por busca pessoal e, o verificar o que havia sido dispensado, a PM constatou que se tratava de uma caixa de remédio que continha em seu interior 17 invólucros de crack.

A PM também apreendeu uma moto Honda Fan, placa NTI-0888, licença de Teofilândia, e R$ 72 em dinheiro. Zenildo foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil, onde foi ratificada a voz de prisão. Posteriormente ele foi levado à carceragem da 15ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia do Interior).

Apreensão foi registrada no bairro Oséias

  

Cantora Lia Clark diz que pai pode ter morrido de Covid-19 mesmo após ter sido vacinado

 Cantora Lia Clark diz que pai pode ter morrido de Covid-19 mesmo após ter sido vacinado

Crédito da Foto: Instagram/@liaclarkoficial

A cantora e drag queen Lia Clark usou suas redes sociais, nesta sexta-feira (19/3), para anunciar a morte de seu pai. A publicação, no entanto, chamou a atenção pelas circunstâncias da morte, já que, de acordo com ela, a morte pode ter sido causada por Covid-19, mesmo que ele já tenha sido vacinado.

"Não sabem se é covid ou pneumonia, mas meu pai era grupo de risco devido a outras complicações de saúde. Ele era vacinado também... tudo meio confuso. Espero que ele esteja num lugar melhor e descansando em paz... aqui ele estava numa vida ingrata", escreveu, no Twitter.

Em publicação no Instagram, ela explicou que o pai já não estava bem, foi internado esta semana, mas não resistiu. "Precisamos aguardar o teste", pontuou.

Nos comentários, muitos internautas questionaram a situação. "Meus pêsames, sinto muito. Só achei um pouco irresponsável sobre ter falado q ele era vacinado, não entrou a fundo sobre o tempo de imunização, quantas doses...cuidado", escreveu um usuário; "Meu avô foi vacinado também e morreu há quase 1 mês, porém agora a maioria das mortes dizem que é covid sem ao menos investigar direito", opinou outra.

terça-feira, 16 de março de 2021

Corpo de Bombeiros realiza desinfecção na Ceasinha do Rio Vermelho




O Governo do Estado vem adotando um conjunto de estratégias para conter o avanço do novo coronavírus. Entre as ações, nesta segunda-feira (15), foi realizada a desinfecção dos mercados do Rio Vermelho (Ceasinha) e Sete Portas. A ação é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), com o apoio da Secretaria do Planejamento (Seplan).

A desinfeção na Ceasinha e Sete Portas foi realizada por bombeiros militares. A atividade consiste na aplicação de uma solução de hipoclorito de sódio e, durante uma hora, o ambiente fica fechado para a circulação de pessoas.

O coordenador da operação, o capitão bombeiro militar Góes, explica que a ideia é “realizar um serviço de prevenção e controle desse agente biológico que é o coronavírus. Utilizamos o hipoclorito de sódio porque é um produto que se mostrou bastante eficiente na eliminação desse vírus nas superfícies”.




Com as ações nesta segunda-feira (15), a força-tarefa concluiu o cronograma de desinfecção total nos quatro mercados administrados pela SDE: Rio Vermelho (Ceasinha), Paripe, Ogunjá e Sete Portas. Além dessas, está prevista a desinfecção do Ceasa, que vai durar dois dias, por ser uma área maior, e deve ocorrer até o início do mês de abril.


Fonte: Secom

Serrinha registra 75 novos casos de covid nas últimas 24h

 

O município de Serrinha registrou 75 novos casos de covid-19 em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta segunda-feira (15). No mesmo período, 118 pacientes foram considerados curados da doença.


Os novos pacientes são 48 pessoas do sexo feminino, com idades entre 1 e 80 anos, e 31 do sexo masculino, entre 4 e 79 anos. O número total de óbitos por Covid-19 na cidade desde o início da pandemia é de 37, representando uma letalidade de 0,83%.


Dos 4.459 casos confirmados desde o início da pandemia, 4.333 já são considerados recuperados, 89 encontram-se ativos. De acordo com a SMS, 140 pessoas com sintomas de Covid-19 aguardam resultado de exames.

Polícia combate criminosos envolvidos com tráfico, homicídios e corrupção de menores na BA e RJ

 

         Polícia combate criminosos envolvidos com tráfico, homicídios e corrupção de menores na BA e RJ
          Crédito da Foto: divulgação/SSP-BA

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nas primeiras horas desta terça-feira (16/3), a Operação Tupinambá, com objetivo de combater organizações criminosas envolvidas com homicídios, tráfico de drogas, roubos e corrupção de menores. Os alvos são procurados em cidades da Região Metropolitana de Salvador, do Extremo Sul da Bahia e do Rio de Janeiro. 

A ação integrada é resultado de oito meses de investigação. Participam da operação equipes da Coordenação de Operações Especiais (COE), dos departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), de Polícia Metropolitana (Depom), de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), e de Polícia do Interior (Depin), além da PM.

A Superintendência de Inteligência da SSP também atua na Operação Tupinambá, dando suporte às investigações.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Governo entrega duplicação da BR-116 até Santa Bárbara; obras avançam agora no sentido Serrinha

O Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, entregou, nesta sexta-feira (12), mais um trecho de duplicação da BR-116, entre Feira de Santana e Santa Bárbara. Localizado no lote de obras nº 6, o novo segmento de 16km concluído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) torna a rodovia integralmente duplicada entre as duas cidades. As obras avançam agora no sentido Serrinha.


“Quando falamos na duplicação desse trecho, estamos falando de Feira de Santana, que é o maior entroncamento rodoviário do Nordeste e um dos maiores do Brasil. Além disso, o empreendimento vai beneficiar diretamente os moradores de Santa Bárbara, cidade conhecida pela produção de requeijão. A BR-116 é fundamental em nossa estratégia de interiorizar a logística do país. Em especial, na Bahia, onde ela opera como principal corredor de integração do estado", afirmou o ministro Tarcísio Freitas.





Os serviços realizados neste lote tiveram o investimento de mais de R$ 169 milhões e contribuem para o desenvolvimento desse corredor logístico, além da redução do número de acidentes. Ainda estão previstos serviços de construção de quatro viadutos, duas pontes e 12 passarelas.




Entregas na Bahia - A entrega do trecho de duplicação da BR-116/BA se soma a outros recém-abertos na Bahia pelo Ministério da Infraestrutura em 2021. Foram 67km de ampliação da BR-135 na região de Coribe; 75km de pavimentação na BR-235/BA, próximo a Jeremoabo; e agora 16km de duplicação.






"Estamos chegando a 161 quilômetros entregues na Bahia somente em 2021, e até abril ainda vamos abrir mais 26km de pista duplicada em pavimento de concreto na BR-101/Bahia em direção a Alagoinhas. Também estamos aguardando o orçamento para já iniciar as obras do Contorno de Feira, umas das mais importantes para a infra da região", explicou Tarcísio.








PM ESCONDE SURTO DE COVID-19 EM ACADEMIA MILITAR E MANTÉM ALUNOS AGLOMERADOS NO PARANÁ Pelo menos 25 oficiais em formação já pegaram a doença; contaminados são coagidos a esconder sintomas e seguir assistindo aulas.

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O CADETE Kleber percebeu que tinha febre, dor de garganta, tosse e náuseas em 2 de fevereiro passado. Naquele dia, ele participava de atividades de campo na Academia Militar do Guatupê, que forma oficiais para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Paraná. Assim como os colegas, ele havia feito exercícios que consistem em rastejar e caminhar em um lago, que lhe deixou por horas com a farda encharcada.

Kleber comunicou seus sintomas ao oficial que comandava o treinamento e deixou claro que temia estar com covid-19. Ele foi levado para fazer um teste de PCR e, em seguida, reintegrado à tropa. Assim, seguiu em contato permanente com a turma de cerca de 120 alunos.


Dois dias depois, saiu o resultado do exame: positivo. Foi o ponto de partida para um surto do novo coronavírus na academia, que até agora contaminou 25 alunos com entre 18 e 40 anos de idade – todos com diagnósticos confirmados, segundo documentos que o Intercept analisou mas não publica para preservar a segurança das fontes.

Mas a PM manteve o surto em sigilo e obrigou os cadetes a permanecerem no Guatupê, onde dormem em quartos coletivos com oito ocupantes cada. O curso funciona em regime de internato, visto pelos oficiais que o comandam veem como uma imersão no ambiente militar.


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Eu topo

O comandante-geral da PM, o coronel Hudson Leôncio Teixeira, é um dos oficiais que pressiona os cadetes a desprezarem a covid-19, segundo denúncias que ouvimos. O Ministério Público do Paraná instaurou um procedimento sigiloso para investigar o caso.


Por telefone e por aplicativos de trocas de mensagens, conversei com quatro cadetes do Guatupê. Um deles adoeceu de covid-19. É a primeira vez que eles falam com um jornalista sobre o surto da doença na academia, que começou dias após o treinamento iniciado em 11 de janeiro e se agravou a partir do caso de Kleber, no início de fevereiro.


Eles foram unânimes no relato de que já houve 25 casos confirmados e na suspeita de que os doentes podem ser muitos mais. Também relataram a pressão direta dos oficiais para que os cadetes não reportem sintomas de covid-19, sob pena de sofrerem perseguição na corporação.


Na prática, a PM faz um esforço para silenciar a manifestação da doença em pessoas contaminadas, além de ocultar e negligenciar um surto preocupante da covid-19 num estado em que há filas por vagas em hospitais que atendem a vítimas do novo coronavírus.


Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o Paraná tinha na quarta-feira, 10 de março, a maior fila do país de doentes a espera de um leito para tratar covid-19. Ao todo, 1.185 pessoas estavam na fila – ou 25 vezes mais que um mês antes. Até o dia 10, quase 13 mil paranaenses haviam morrido vítimas da doença.


Sem a sua ajuda o Intercept não existe

Atenção

Sem a sua ajuda o Intercept não existe

Cadetes com sequelas

Uma das denúncias que motivou a investigação do Ministério Público detalha o caso de Kleber. Segundo o relato, o tenente Erlington José Medeiros de Barros, que conduzia o treinamento, “ignorou os fatos e submeteu o cadete a situação de escárnio, obrigando este a ficar em ambiente insalubre e molhado por várias horas, negando atendimento médico adequado” – o que pode ter agravado seu quadro.


Segundo colegas que ouvi, só após esperar por cerca de três horas com a farda molhada é que Kleber foi levado para fazer o teste, sem poder vestir roupas secas antes. Dali, voltou ao treinamento, realizado em grupo e em situação que impossibilita o cumprimento de medidas de isolamento social. Fotos e vídeos divulgados pela própria Academia do Guatupê e pela Escola de Oficiais da PM mostram os alunos em aglomerações e sem máscaras.


“Nessas atividades, você tem que comer com a mão e dividir barracas. São 120 pessoas, nenhuma usando máscara, correndo e cantando canções [de louvor à corporação], uma seguida da outra, respirando muito próximas. É impossível manter o isolamento determinado pelo próprio governo”, nos contou um dos cadetes.

 


Foi ainda durante o treinamento de campo que outros cadetes começaram a apresentar sintomas. Um deles, com quem conversamos, tossia muito e teve princípio de febre. Ele resolveu se aconselhar com colegas mais experientes, que lhe sugeriram que, se apontasse os sintomas, ele poderia sofrer perseguição do tenente Barros. Assim, mesmo com o agravamento de seu quadro, o aluno se manteve em silêncio, permanecendo na rotina da academia. Duas semanas depois, ele já não tinha sintomas, mas percebeu que sua capacidade pulmonar tinha sido comprometida. Resolveu fazer um exame de sangue sorológico num laboratório particular, que confirmou que ele já havia tido covid-19.

“Antes da covid-19, eu era o segundo da minha turma em corrida. Agora, sou o último. O cansaço, o comprometimento do pulmão chegou agora. Talvez por eu ter forçado muito quando estava com a doença. Um dos colegas está com fibrose pulmonar. Pode ser que ele não consiga vir a exercer a profissão por causa de como a coordenação lidou com a pandemia”, desabafou o cadete. “Sem falar que eu, sem saber se estava com a doença ou não, continuei na rotina de quartel. No alojamento, nós dividimos quartos. Está todo mundo exposto. A corporação está cometendo um crime culposo”.

Outro cadete com quem conversei teve tosse constante e dor de garganta aguda, mas também se manteve em silêncio. Logo, perdeu o olfato. Ao longo dos dias seguintes, recuperou-se, mas permanece sem sentir cheiro. A exemplo de outros colegas que tiveram medo de relatar os sintomas, ele seguiu frequentando normalmente as atividades do curso. É um comportamento que, segundo nossa apuração, tem sido generalizado. Somente os alunos que manifestam sintomas mais graves é que os reportam ao comando.

As retaliações variam de castigos físicos a serviços extras, nos disse um dos cadetes. “É melhor sofrer com a doença do que ser perseguido e ter que aguentar sozinho as represálias depois. No meu caso, o meu olfato não voltou até agora. Quando vou pra casa nos fins de semana, tenho que me certificar de que desliguei o gás, por exemplo, porque nem cheiros mais fortes eu sinto mais”, completou.

‘Você vê que está a alguns metros de pessoas que você sabe que estão doentes, respirando o mesmo ar’.

Segundo os relatos que ouvimos, duas semanas após o treinamento de campo, havia nove doentes confirmados com covid-19 entre os cadetes. Na sexta-feira, 26 de janeiro, pelo menos quatro ainda estavam com a doença. Nenhum deles foi levado a um hospital. Em vez disso, permaneceram na própria academia e foram levados a um outro bloco de alojamentos após receberem o resultado dos exames – e não depois de serem considerados casos suspeitos, como orientam autoridades sanitárias. A alimentação deles é levada por outros alunos em formação, que estabelecem contato com os doentes. A covid-19 sequer é motivo para que eles deixem de frequentar aulas teóricas em salas e auditórios. São apenas obrigados a usar máscaras.

“Uma colega que está com muita febre foi obrigada a assistir aula. Ela tremia”, contou um cadete. “Você vê que está a alguns metros de pessoas que você sabe que estão doentes, respirando o mesmo ar que você. A maioria do pessoal não se importa mais. Tem a sensação de que ou pegou ou vai pegar [covid-19 na academia da PM]”.

O pai de um dos cadetes também apresentou denúncia ao Ministério Público. Nela, diz ter presenciado problemas estruturais na academia, como “alojamentos lotados e com condições impossíveis de manter o mínimo distanciamento e cuidado pessoal”, “banheiros sempre lotados” e “ambientes com pouco espaçamento”.

“Essas condições são absurdas e, como resultado, inúmeras pessoas estão se infectando, nunca parando de aparecer infectados”, denunciou o pai de um aluno. “Esses indivíduos, com covid confirmada ou simplesmente com sintomas, deveriam ser mantidos em isolamento social, em casa, em condições mínimas para que a recuperação se torne eficaz. Porém, são mantidos em isolamento dentro da academia em alojamentos em condições absurdas (quartos com presença de mofo, muitas vezes sem cobertor e qualquer cuidado com o aluno)”, completa o texto.

Sujeira para baixo do tapete

Em 18 de fevereiro, a Vigilância Sanitária promoveu uma vistoria na academia. Segundo os cadetes, a coordenação do Guatupê deflagrou uma operação às pressas para mascarar a falta de cuidados preventivos. Os alunos com covid-19 foram escondidos num bloco afastado, para garantir que não fossem vistos. Além disso, passaram-se a adotar procedimentos que, até então, os oficiais em formação não tinham visto, principalmente no refeitório. Logo depois da Vigilância Sanitária, o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, visitou o Guatupê.

“No rancho, tinha um cadete higienizando garfo por garfo. Se servia só uma pessoa por vez, e todo mundo com máscara. Mas foi só naquele dia. Foi a vigilância virar as costas, que voltou a ser tudo como antes”, nos disse um dos cadetes.

“O pessoal com covid-19 foi enfiado no bloco 2, que é praticamente inutilizado. Mascararam completamente a situação”, apontou outro oficial em formação. “Estavam tentando esconder a gente, mas o ministro quis falar com uma das turmas. O tenente Barros veio correndo, ordenando que todo mundo pusesse a máscara. Foi a única vez que ele ficou preocupado com isso”.

Oito dias depois, enquanto o governador do Paraná, o bolsonarista Ratinho Junior, do PSD, anunciava medidas restritivas para tentar evitar o colapso do sistema estadual de saúde, os cerca de 120 alunos do primeiro ano do curso de formação de oficiais se aglomeravam em um auditório sem ventilação, onde assistiam a uma aula em vídeo.

“Parece que a lei que vigora aí fora não vale aqui dentro, para o Guatupê. Aglomeração, falta de isolamento, gente com covid-19 sem atendimento. É como se a gente fosse um estado à parte”, desabafou um cadete.

Paraíba registra 33 mortes e 1.365 novos casos de Covid-19 em 24h

 

A Paraíba registrou, nesta sexta (12), 1.365 casos de Covid- 19.  Também foram confirmados 33 novos óbitos desde a última atualização, sendo 24 deles nas últimas 24h. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, desde a última atualização, 76 (5,56%) são casos de pacientes hospitalizados e 1.289 (94,44%) são leves.


Números Totais:


Casos Confirmados: 235.619

Óbitos Confirmados: 4.865

Casos Recuperados: 171.123

Testes Realizados: 763.570

Agora, a Paraíba totaliza 235.619 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios. Até o momento, 763.570 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.


Os óbitos ocorreram entre os dias 30 de janeiro e 12 de março de 2021, sendo 04 deles em hospitais privados e os demais em hospitais públicos. Com isso, o estado totaliza 4.865 mortes. O boletim registra ainda um total de 171.123 pacientes recuperados da doença.


Concentração de casos


Cinco municípios concentram 694 novos casos, o que corresponde a 50,84% dos casos registrados nesta sexta. São eles: João Pessoa, com 384 novos casos, totalizando 63.174; Campina Grande, com 111 novos casos, totalizando 21.758; Patos, com 99 novos casos, totalizando 9.277; Bayeux, com 57 novos casos, totalizando 4.576; Sousa, com 43 novos casos, totalizando 5.409.


* Dados oficiais preliminares (fonte: e-sus VE, Sivep Gripe e SIM) extraídos às 10h do dia 12/03/2021, sujeitos a alteração por parte dos municípios.


Óbitos


Até esta sexta, 206 cidades paraibanas registraram óbitos por Covid-19. Os 33 óbitos confirmados neste boletim ocorreram entre residentes dos municípios Alagoa Grande (1), Bananeiras (1), Bayeux (1), Cajazeiras (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Coremas (1), João Pessoa (16), Juarez Távora (1), Juazeirinho (1), Piancó (2), Princesa Isabel (2), Santa Rita (2) e Solânea (1). As vítimas são 18 homens e 15 mulheres, com idades entre 40 e 95 anos. Cardiopatia foi a comorbidade mais frequente e sete (07) não tinham comorbidades.


Ocupação de leitos Covid-19


A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico) em todo o estado é de 83%. Fazendo um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 93%. Em Campina Grande estão ocupados 77% dos leitos de UTI adulto e no sertão 91% dos leitos de UTI para adultos. De acordo com o Centro Estadual de Regulação Hospitalar, 87 pacientes foram internados nas últimas 24h.


Cobertura Vacinal


Foi registrado no sistema de informação SI-PNI a aplicação de 241.405 doses. Até o momento, 182.530 pessoas foram vacinadas com a primeira dose e 58.875 com a segunda dose da vacina. 

Rui Costa e Bruno Reis decidem manter lockdown e toque de recolher em Salvador e na Região Metropolitana

 Rui Costa e Bruno Reis decidem manter lockdown e toque de recolher em Salvador e na Região Metropolitana

Crédito da Foto: Jefferson Peixoto/Secom

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), decidiu prorrogar, novamente, o lockdown na capital baiana. A decisão foi tomada em conjunto com os prefeitos da Região Metropolitana (RMS) e o governador Rui Costa. A medida, que se encerraria na próxima segunda-feira (15/3), será estendida por mais uma semana, com encerramento às 5h do dia 22 de março.

Na manhã desta sexta-feira (12), Reis já havia falado da possibilidade de prorrogar o decreto, durante a inauguração de mais um hospital de campanha, localizado no bairro de Itapuã. O gestor municipal anunciou a suspensão o programa “Domingo é Meia”, como forma de reduzir a circulação de pessoas na cidade, e aproveitou para defender a restrição do comércio. “Eu sei que isso gera consequências, principalmente no campo econômico, na vida social das pessoas, mas se não tiver outra alternativa, nós iremos tomar as decisões", disse ele. Até o momento, a ocupação dos leitos de UTI em Salvador está acima de 80%.

Na ocasião, os prefeitos agendaram um novo encontro para a próxima terça-feira (16), para discutir o retorno escalonado das atividades econômicas. A medida deverá definir parâmetros para uma retomada segura dos comércios e serviços, com horários específicos de funcionamento para cada segmento de forma a evitar aglomerações, principalmente no transporte público, e considerando a situação dos casos da Covid-19 nos municípios.

Anteriormente, Rui já havia anunciado que o toque de recolher ficaria mantido em todo o estado, das 20h às 5h, até o dia 1º de abril. Nesse período, a circulação das pessoas nas ruas fica restrita. A medida foi divulgada no dia 22 de fevereiro deste ano, e inicialmente se encerraria no dia 28. O governador, no entanto, decidiu manter a restrição, já que os casos de Covid-19 continuaram aumentando.

PROIBIÇÃO x FUNCIONAMENTO

Com o lockdown, ficam proibido eventos e atividades sociais, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados, que envolvam aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos coletivos e amadores, cerimônias de casamento, eventos recreativos em logradouros públicos ou privados, circos, eventos científicos, solenidades de formatura, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica. Cultos, missas e atividades religiosas podem ser realizadas, com a lotação máxima de 30%. 

Lojas e comércios de rua, bares, restaurantes, pizzarias, lojas de conveniência e similares, e shoppings e centros comerciais, também estarão fechados durante o lockdown. No caso de bares e restaurantes, o funcionamento é permitido apenas no formato delivery, até a meia-noite.

Além disso, todas as praias da capital baiana, clubes, parques municipais, campos e quadras públicas do município, além da Arena Aquática de Salvador, permanecerão fechados até segunda ordem.

Ficam permitidos os serviços essenciais, como atividades relacionadas à saúde e comercialização de gêneros alimentícios; o transporte e o serviço de entrega de medicamentos e demais insumos necessários para manutenção das atividades de saúde. A venda de bebidas alcoólicas é proibida em estabelecimentos comerciais, das 18h de sexta às 5h de segunda.

Também seguem autorizados a funcionar os serviços de saúde (incluindo aqueles situados em shopping centers, desde que possuam entrada independente), hospital dia, serviços de imagem radiológica, bem como atendimentos de tratamentos contínuos a exemplo de oncologia, hemoterapia e hemodiálise. A regra também vale para laboratórios de análises clínicas – incluindo aqueles situados em shopping centers, desde que possuam entrada independente; estabelecimentos que forneçam insumos hospitalares; clínicas veterinárias e pets shops (à exceção do serviço de banho e tosa, que só poderão ser realizados por meio de serviço de delivery); postos de combustíveis; e centrais de telecomunicações (call centers) que operem em regime de 24h.

Enquanto as medidas mais duras para frear o avanço da Covid-19 estiverem em vigor, as escolas podem abrir exclusivamente para utilização das instalações com a finalidade de gravação e transmissão de aulas virtuais, observado o protocolo geral para funcionamento das atividades.

Já shopping centers, centros comerciais e demais estabelecimentos correlatos, estão autorizados a funcionar pelo modelo drive-thru, das 10h às 19h, desde que submetido à aprovação da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e às demais regras da legislação municipal. As normas para o funcionamento desse sistema estabelecem uso obrigatório de máscara e de face shield para os funcionários responsáveis pelas entregas. O acesso será apenas por carro, sem possibilidade de os clientes saírem dos veículos ou entrarem no espaço interior do empreendimento.

MANIFESTAÇÕES

Desde que as medidas de restrição foram anunciadas, vários comerciantes de todo o estado se mostraram contra. Em Ubaitaba, a 375 km de Salvador, um grupo se reuniu às margens da BR-101, no dia 1º de março,  em um protesto contra o fechamento de serviços não essenciais por mais 48h em toda a Bahia. Cerca de 50 pessoas, algumas inclusive sem máscara de proteção individual contra o vírus, participaram do ato, no centro do município. Na ocasião, os manifestantes alegaram que a cidade, que possui 18.847 habitantes, contabilizava poucos casos ativos da doença e que, por conta disso, não haveria razão para a medida de lockdown de imposta na localidade.

Em Porto Seguro, a 391 km de Salvador, outro grupo se reuniu na Avenida Trevo do Cabral, no último dia 2. Segundo testemunhas, a manifestação concentrou cerca de 150 moradores e comerciantes do bairro Baianão. A situação foi encerrada com a informação de que a gestão municipal faria um decreto que liberaria o comércio local, com algumas restrições e argumentos jurídicos.

Já na capital baiana, houve manifestação no dia 3 de março, quando comerciantes e empresários de Salvador se reuniram, em trecho da Avenida Antônio Carlos Magalhães, para protestar contra as medidas de restrição. No protesto, manifestantes seguravam cartazes com frases como: "Na eleição não teve Covid" e "Comércio fechado não é solução". 

INTERDIÇÕES

Desde o início do toque de recolher e lockdown em Salvador, até o dia 8 de março,  a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) já realizou 16.194 vistorias. Nesse mesmo período, a fiscalização interditou 216 estabelecimentos, dispersou 65 aglomerações e apreendeu 13 equipamentos de som usados irregularmente. 

quarta-feira, 10 de março de 2021

Comércio de Serrinha volta a funcionar de segunda a sexta-feira; entenda

O prefeito de Serrinha Adriano Lima (sem partido) assinou, nesta terça-feira (9), um novo decreto sobre o funcionamento do comércio em meio à pandemia do coronavírus. O texto permite o funcionamento de atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços, inclusive no ramo de academias de ginástica e as demais relacionadas a atividades físicas, de segunda-feira a sexta, no horário compreendido entre as 8h e as 18h. Após este horário, farmácias, restaurantes e lanchonetes podem funcionar de portas fechadas apenas para o atendimento em delivery, até as 22h.

Já aos sábados e domingos, apenas farmácias, borracharias, oficinas, postos de combustíveis, serviços de saúde, telecomunicações, provedor de internet, serviços de fornecimento de energia e água poderão funcionar.


A medida passa valer a partir desta quarta-feira (10) e vale até o dia 21, desde que sigam as orientações estabelecidas pelo decreto 013/21.


Uma das orientações, é sobre o limite máximo de 50% da capacidade de espaço físico para atendimento aos clientes. A feira livre de alimentos – que tradicionalmente ocorre aos sábados – foi antecipada para as sextas-feiras.


Entretanto, nem todos os estabelecimentos podem retornar o funcionamento, algumas atividades vão continuar paralisadas até o dia 21 de março, ou até a prefeitura modificar as medidas.


O decreto também autorizou a capacidade de até 30% da lotação máxima para a realização de cultos religiosos, com exigência de que sejam respeitados os protocolos de segurança, como distanciamento e uso de máscara para todas as pessoas presentes no local. Veja detalhes abaixo:


– Comércios, serviços e indústrias funcionarão nos períodos compreendidos entre 10/03/2021 a 12/03/2021 e, 15/03/2021 a 19/03/2021, no horário compreendido das 08:00hs às 18:00hs;


– As padarias funcionarão nos períodos compreendidos entre 10/03/2021 a 12/03/2021 e, 15/03/2021 a 19/03/2021, no horário compreendido das 08:00hs às 19:00hs;


– A feira livre de gêneros alimentícios será antecipada do sábado para sexta-feira;


– Aos sábados e domingos funcionarão somente farmácias, borracharias, oficinas, postos de combustíveis, serviços de saúde, telecomunicações, provedor de internet, serviços de fornecimento de energia e água;


– Após o fechamento do comércio fica autorizado somente o delivery de farmácias, restaurantes, lanchonetes e afins, até as 22:00hs, inclusive aos finais de semana.


– Fica permitido o funcionamento das academias de ginástica e afins no período compreendido entre 10/03/2021 a 12/03/2021 e, 15/03/2021 a 19/03/2021, no horário compreendido entre 08:00hs às 18:00hs, desde que operem com 50% de sua capacidade de atendimento, obedecendo a ordem de uma pessoa a cada 09m² e seguindo o protocolo de prevenção e combate ao Covid-19;

– A realização de cultos religiosos de quaisquer naturezas, ficará a cargo de cada autoridade religiosa, devendo qualquer reunião/culto obedecer ao limite máximo de 30% da sua capacidade total por ato.


O que permanece fechado?


– Bares;


– Restaurantes e lanchonetes, excetuados aqueles que funcionem em postos de combustíveis às margens das rodovias que cortam o município de Serrinha;


– Clubes recreativos, esportivos, e casas de eventos em geral.

terça-feira, 9 de março de 2021

‘PAGAR ATÉ A MORTE’ Oficiais sabotam investigações e garantem impunidade em casos de tortura no Exército

 


NO INÍCIO DE 2018, um soldado do Exército foi atendido na unidade médica do quartel do Comando da 10ª Região Militar, em Fortaleza, com sinais de trauma psicológico e hematomas. Após seguidos episódios de delírio e crises de pânico, o recruta acabou dispensado. Uma sindicância foi aberta meses depois para investigar o caso ocorrido na capital do Ceará. Se pré-existisse algum transtorno psicológico, o soldado, que cumpria o alistamento obrigatório, poderia ter a baixa registrada como inaptidão ao serviço militar, o que livraria o quartel de se responsabilizar por potenciais sequelas e indenizações.


Conforme o relatório do caso a que o Intercept teve acesso, dois cabos e um soldado o xingaram de filho da puta enquanto o molhavam com água gelada durante um acampamento militar. O recruta relatou ter sido obrigado por outro militar a rolar em uma poça de lama usada como depósito de urina pelo batalhão. Havia também uma ordem expressa de lhe negar comida. Ao catar uma manga para matar a fome, teve a fruta retirada e foi obrigado a fingir que chupava uma pedra em seu lugar.

Fraco e humilhado, ele disse que não suportou e perdeu a consciência após uma tarefa na qual foi obrigado a rastejar mesmo tendo relatado estar se sentindo mal. Passou um mês internado com episódios de delírio e tentativa de suicídio. Ao sair do hospital, foi convocado a se apresentar de novo no quartel. Lá, teve um surto e foi contido a socos no rosto por cabos e soldados a mando dos comandantes do quartel. Caiu com olhos e boca inchados por hematomas. As ordens de tortura tinham anuência do comandante da 10º Região Militar à época, o major Fulgêncio Leitão de Castro e Silva Júnior.


O militar responsável pela sindicância atestou a tortura contra o soldado, motivada por homofobia. Havia uma ordem interna que orientava recrudescer os maus-tratos para que “esse viadinho pedisse logo para ir embora”. O comando teria dito que não queria homossexuais no seu quartel.


Mas o tenente e o major que chefiavam a assessoria jurídica do quartel não gostaram da conclusão do relatório. Queriam que o assunto fosse enterrado, e o recruta dispensado por doença pré-existente, como se o sofrimento psicológico do jovem, causado pela tortura, não tivesse tido origem no Exército. Deu certo: o recruta torturado foi exonerado sem direito a indenizações ou tratamento.


Mas o assédio não cessou. Depois da expulsão do soldado, o subtenente que conduziu a investigação interna passou a ser assediado por oficiais, segundo informações de um militar com conhecimento direto do caso, que conversou conosco sob a condição de anonimato. Apesar de ter dois familiares com deficiência física como seus dependentes, o que legalmente permitiria que permanecesse na sua cidade natal, foi movido para um quartel em outro estado. Suas gratificações salariais, garantidas por lei, foram sendo adiadas sem explicação; as perícias médicas remarcadas ou canceladas no dia da consulta; documentos que seriam enviados a ele foram extraviados, e ele repreendido pela “perda”.

A história ilustra como oficiais abafam torturas ocorridas nos quartéis para se livrar de investigações. Ao Intercept, quatro praças – que formam a base da hierarquia militar em patentes que vão dos soldados aos subtenentes – relataram pelo menos três casos de tortura e assédio moral ocorridos entre 2018 e 2020 no Exército. Eles não foram adiante por causa da omissão ou até fraude processual feita pela “elite” da hierarquia militar, que compreende de tenentes a generais.


Assim como no caso do recruta no Ceará, militares formados em Direito são designados para conduzir sindicâncias e inquéritos com resultados “encomendados” por superiores. Mas se oficiais discordarem das conclusões, o parecer é fraudado ou distorcido; a vítima, quase sempre, dispensada; e os militares que lideraram a investigação e confirmaram os abusos passam a ser assediados ou preteridos em promoções. “Se o comando discordar [do parecer], usam o artifício da assessoria jurídica para mudá-lo para não prejudicá-los”, relata um militar da ativa e bacharel em Direito, que também preferiu manter o anonimato. Militares podem ser presos se revelarem informações que “resultem em dano a outrem”, segundo o Código Penal Militar – outra forma de dizer que desagradem a corporação.


As assessorias jurídicas dos quartéis têm como objetivo “assessorar o Comando nos seus diversos níveis” e acompanhar demandas jurídicas “de interesse da Força”. Entre suas funções específicas, estão o apoio à instauração, condução e encaminhamento de inquéritos e punições militares, a análise de sindicâncias e o acompanhamento de processos judiciais e extrajudiciais. Nas raras situações em que os casos conseguem extrapolar os muros dos quartéis e chegar ao Ministério Público Federal, essa mesma assessoria atua para encobrir erros, com documentos maquiados ou trocados, detalha um dos militares entrevistados.


“Essas assessorias dão respaldo para perseguições formais”, diz o advogado e militar da reserva Cláudio Lino, presidente do Instituto Brasileiro de Análise de Legislações Militares, o Ibalm. “Se um militar entra na justiça comum, essa informação vai para o cadastro dele, e isso é usado como motivo para ele não ser promovido”, exemplifica Lino, que entrou no início de fevereiro com uma ação na justiça federal contra a quebra de isonomia e supostas fraudes no concurso público de 2021 para o quadro auxiliar de oficiais das Forças Armadas. Segundo Lino, as comissões estariam desclassificando militares com boas notas para promover pessoas com pontuações menores, mas preferidas pelo comando. O Ministério da Defesa não respondeu ao nosso questionamento sobre a ação movida por Lino

Manaus registra queda no índice de gravidez na adolescência em 2020

 

As ações da Prefeitura de Manaus para combater a gravidez na adolescência resultaram em queda no índice de casos na capital amazonense em 2020. Os registros do Núcleo de Saúde da Criança e do Adolescente, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), indicam um percentual de 17,25%, o que confirma uma tendência de decréscimo nos últimos quatro anos. Em 2017 o percentual foi de 19,2%; em 2018, 18,5% e em 2019, 17,76%.

“Sabemos que ainda estamos um pouco distantes das metas dos países desenvolvidos, que é 15%, mas estamos trabalhando nessa direção, essa é a orientação do prefeito David Almeida. Este ano, em razão da pandemia, muitas atividades precisaram ser suspensas, como medida de proteção. Mas estamos buscando alternativas para que as ações educativas, preventivas e de conscientização cheguem às adolescentes de Manaus”, esclarece a secretária municipal de Saúde, interina, Aline Martins.

O relatório do Fundo de População da ONU (Unfpa), divulgado em 2020, indica que a taxa de fecundidade no Brasil, entre meninas de 15 a 19 anos, é de 62 a cada mil bebês nascidos vivos, acima da média mundial, que é de 44 a cada mil. Ao ano, mais de 430 mil bebês nascem de mães adolescentes no país.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gravidez precoce é aquela que ocorre em meninas e adolescentes. A partir da puberdade, começa o processo de alterações físicas que fazem da adolescente uma mulher com capacidade para a reprodução sexual. Não significa, porém, que a menina esteja preparada para ser mãe.

Desde 2019, o município passou a realizar, no mês de fevereiro, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência e a Semana de Conscientização e Prevenção da Gravidez na Adolescência, com ações de medidas preventivas e educativas voltadas para as adolescentes, família e toda a comunidade.

Segundo a enfermeira Ivone Amazonas, chefe do Núcleo de Saúde da Criança e Adolescente, Semsa, a Caderneta de Saúde do Adolescente é um dos instrumentos que acompanham na íntegra todo o histórico dos jovens, juntamente com os grupos de atenção que existem nos distritos de saúde do órgão, em todas as zonas da cidade.

“O documento principal é a Caderneta de Saúde, mas além dele temos um outro ponto muito importante, que foi criado nos distritos, que são os grupos de adolescentes, que vêm sendo trabalhados nas unidades de saúde, junto com a equipe de gestão, em rodas de conversa. Em decorrência da pandemia, tivemos que suspender essa atividade e as adolescentes estão em casa, mas todas com as orientações de prevenção”, destaca a enfermeira.

Ivone disse ainda que um dos projetos que mais contribuíram para essa redução é o Programa Saúde na Escola (PSE), do governo federal, que reúne o tripé saúde, educação e assistência social, possibilitando o acesso a um número maior de adolescentes, além de oferecer um acompanhamento mais completo a esse público.

“O PSE nos permite ter a parceria com a educação, colocando quatro ações importantíssimas que fortalecem o trabalho dos profissionais de saúde e educação nesse contexto da redução da gravidez na adolescência, como o crescimento e desenvolvimento e a saúde sexual e reprodutiva desses jovens. O futuro desses jovens depende desse acompanhamento”, conclui Ivone.

Brasil bate 10º recorde consecutivo de média móvel de mortes por Covid com 1.540 óbitos

 leito de hospital vazio

Brasil enfrenta momento mais preocupante de toda a pandemia (Levi Meir Clancy/Unsplash)

O Brasil registrou 1.114 novas mortes pela Covid-19 em 24 horas e manteve, pelo décimo dia seguido, recorde de média móvel de óbitos, com 1.540. O recorde anterior era de 1.497.

Dessa forma, o país completa 47 dias com média móvel acima de 1.000. O número de casos nas últimas 24 horas foi de 36.923.
O total de mortes no país chegou a 266.614 e o de casos, 11.055.480 desde o início da pandemia.

O Brasil enfrenta o pior momento da pandemia, com situações críticas em todas as regiões do país e até mesmo colapsos em algumas áreas. Os níveis de ocupação de UTIs estão acima de 90% em diversas capitais.

Tragédia em família: homem suspeito de assassinar mãe e ferir irmão morre em confronto com a PM

 Tragédia em família: homem suspeito de assassinar mãe e ferir irmão morre em confronto com a PM

Crédito da Foto: reprodução/Mais Oeste

Um suspeito de envolvimento com uma facção associada ao tráfico de drogas morreu na noite da segunda-feira (8/3) após entrar em confronto com a Polícia Militar no município de Luís Eduardo Magalhães, a 957 km de Salvador.

Agentes da 85ª Companhia Independente (CIPM) relataram que tudo aconteceu após Denyvan Silva de Santana, de 29 anos, matar a própria mãe e tentar assassinar o irmão a facadas. Segundo a Polícia Militar, equipes da unidade foram acionadas por volta das 21h10 e alertadas sobre os crimes. 

No local, os militares localizaram Denyvan a bordo de um veículo, enquanto tentava escapar com outro rapaz. Durante a tentativa de abordagem, disseram ainda os agentes, o criminoso saiu do automóvel, visivelmente muito nervoso, com o facão utilizado no assassinato ainda nas mãos.

Denyvan partiu para cima de um dos policiais, que atirou. Ele chegou a ser socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiu ao ferimento. O corpo da mulher, que não teve o nome revelado, foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Barreiras.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães, que apura a motivação de Denyvan para atacar a mãe e o irmão, que não teve o estado de saúde revelado. Ele deve ser ouvido durante as apurações da Polícia Civil. 

segunda-feira, 8 de março de 2021

Evangélicos se reúnem para orar em frente à hospital de Serrinha

 


Com a intenção de levar um momento de fé e solidariedade aos pacientes que fazem tratamento contra o Covid-19 e aos profissionais que estão na linha de frente de combate à doença, evangélicos da Igreja do Evangelho Quadrangular fizeram uma oração em frente ao Hospital Municipal (HM) de Serrinha, na manhã deste domingo (7).

A ação foi liderada pelo apóstolo Eider Fontoura, todos usando máscaras e mantendo o distanciamento mínimo entre as pessoas. De longe, profissionais e acompanhantes de pacientes do HM observaram e oraram junto com os membros da igreja. "Que Deus entre com providência e ajude a população de Serrinha", disse o apóstolo Eider.

"Minha esposa está internada aguardando transferência. Essa ação com certeza trouxe uma energia muito positiva para a recuperação dos doentes, e aumenta a vontade de todos nós de vencer essa pandemia", afirmou o funcionário público Glauber Ribeiro Santana.

sábado, 6 de março de 2021

Estado prorroga medidas restritivas em Serrinha e outros 14 municípios da região

                       

Deste sábado (6) até as 5h de quarta-feira (10), apenas os serviços essenciais devem funcionar em 15 municípios da região de Serrinha. A ampliação das medidas restritivas foi definida pelo Governo do Estado e prefeituras com o objetivo de frear a disseminação da covid-19 na região. O decreto com as restrições será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (6).


As medidas valem para os municípios de Araci, Barrocas, Biritinga, Conceição do Coité, Euclides da Cunha, Lamarão, Monte Santo, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente.


Será permitido nesses municípios somente o funcionamento de atividades relacionadas à saúde e ao enfrentamento da pandemia, bem como à comercialização de gêneros alimentícios e feiras livres. São considerados serviços públicos essenciais, cuja prestação não admite interrupção, as atividades relacionadas à segurança pública, saúde, proteção e defesa civil, fiscalização, arrecadação, limpeza pública, manutenção urbana, transporte público, energia, saneamento básico e comunicações.


Estabelecimentos comerciais como restaurantes, bares e congêneres devem funcionar com portas fechadas, sendo permitido apenas o delivery até as 24h. Já a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por delivery, está proibida no período das 18h de sábado (6) até as 5h de segunda-feira (8).


Também ficam suspensas nos 15 municípios, de sábado (6) até as 5h de quarta-feira (10), as atividades presenciais nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual não enquadrados como serviços públicos essenciais, devendo ser adotado o regime de trabalho remoto. No mesmo período, estarão suspensos os atendimentos presenciais do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).


A Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, apoiará as medidas necessárias adotadas nos municípios, em conjunto com guardas municipais. Os infratores podem ser autuados nos artigos 268 e 330 do Código Penal.








Covid-19 e os impactos sociais: a missão de levar assistência à população mais vulnerável do Amazonas

 

União, empatia e desafio. Essas são algumas das palavras que definem a missão de garantir cidadania e igualdade social durante uma das maiores crises sanitárias da história do Amazonas. Em conjunto com as ações para reforçar a rede de saúde, o Governo do Estado ampliou os instrumentos de assistência social para as pessoas mais impactadas pela pandemia de Covid-19.



 

Embora o vírus ataque sem distinção, pessoas em situação de extrema pobreza e em situação de rua foram duramente atingidas pela doença, como explicou a secretária-executiva do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS), Kathelen Santos, à Agência Amazonas. É para minimizar este impacto que o FPS vem ampliando os esforços.


Confira a entrevista:


Agência Amazonas: O FPS tem atuação destacada nessa força-tarefa de combate à pandemia. Em quase um ano de luta contra a Covid-19 no Amazonas, como tem sido o trabalho de assistência social no estado?


Kathelen Santos: Assim como todos, nós também fomos surpreendidos com a pandemia no ano passado. A partir daí, todas as ações da assistência social tiveram que ser modificadas e passaram a ter outro foco, que foi o atendimento às famílias mais vulneráveis aos efeitos da pandemia.


Nosso primeiro desafio em 2020 foi a montagem de um abrigo para pessoas em situação de rua, que era um público que estava em uma situação muito mais vulnerável que as pessoas que tinham um teto naquele momento para morar.


Foi quando a gente se deparou com o primeiro grande desafio e, junto com a Secretaria de Assistência e Sejusc, tivemos que montar o abrigo e realizar diversas ações como doação de cestas básicas para famílias que começaram a ficar com a situação financeira ainda mais vulnerável.


AA: O FPS conta com uma rede de parceiros para executar as ações sociais?


KS: Durante todo esse período nós temos contado com o apoio de uma rede estadual de assistência social, que é composta pelo FPS, Seas, Sejusc, Defesa Civil e alguns órgãos do sistema Sepror, como a ADS, que faz a aquisição da produção da agricultura familiar. Nós fazemos a entrega desses alimentos para famílias que precisam.


AA: Um importante instrumento de combate à fome foi implementado este ano: o Auxílio Estadual. Este programa é muito importante para garantir a segurança alimentar da população neste momento difícil. Como é a logística para alcançar as pessoas em um estado de dimensões continentais?


KS: Esse é o nosso maior desafio. Quando o Auxílio Estadual foi pensado, houve toda uma equipe de governo que planejou diversas maneiras de chegar até essas famílias que são as mais prejudicadas nesse momento. Então pensamos em kits de ajuda humanitária, cestas básicas, e justamente por essa questão logística, nós chegamos à conclusão que a maneira mais rápida e relativamente mais fácil de chegar a essas famílias seria através de um cartão, em que eles pudessem adquirir os alimentos para atender às suas necessidades.


Para que isso acontecesse, uma das principais secretarias que nos ajudaram e continua ajudando é a Casa Militar, além das secretarias que estão nos municípios como a Seduc, Idam e a Polícia Militar. Trata-se de uma verdadeira rede, que ainda inclui o apoio do Detran, da ADS. A gente montou um termo de cooperação técnica e, conforme a gente vai se deslocando para esses municípios, vai pedindo ajuda dessas secretarias.


AA: O FPS também vem recebendo pacientes que foram transferidos para tratamento da Covid-19 em outros estados. Como é feito esse trabalho?


KS: Essa ação inicia desde o momento que o paciente sai daqui de Manaus em direção a outro estado. A partir desse momento, uma equipe técnica chega até a capital onde esse paciente foi se tratar. O técnico faz todo um acompanhamento da evolução do paciente até o momento da alta, em que ele encaminha o paciente para nossa equipe aqui da capital.


Esse paciente, chegando recuperado, é recebido por uma equipe psicossocial que faz o acompanhamento para saber qual foi a orientação que ele recebeu de alta, qual protocolo que ele vai dar continuidade aqui na capital.


Dando continuidade ao acompanhamento, hoje nós temos o programa RespiRAR, que é feito em parceria com a Fundação de Alto Rendimento, em que fazemos todo o acompanhamento junto com os profissionais de acordo com a orientação médica que esse paciente recebeu no momento da alta e a gente fica acompanhando até a plena recuperação dele.


AA: Você acompanhou uma força-tarefa montada pelo Estado para levar ajuda humanitária para as famílias atingidas pela cheia, além da distribuição do Cartão Auxílio Estadual. Qual balanço a senhora já pode fazer e que mensagem a senhora traz de lá?


KS: Enquanto Estado, nós sabemos que há muita coisa ainda para fazer. Como você bem falou no início, nosso estado tem dimensões continentais e só quem sai da capital em direção a um município como Boca do Acre entende que dimensão é essa, que dificuldade é essa. Acredito que todos nós, amazonenses, devíamos parar um pouco, olhar para a gente mesmo, para o nosso estado, para os nossos municípios e ter um pouco mais de empatia por tudo o que está acontecendo.


Além da pandemia, estamos enfrentando um momento crítico de cheias no estado. Quando chegamos em municípios como Boca do Acre, Envira e Eirunepé, onde as famílias vivem às margens do rio, são situações que fogem da competência do poder público, são fenômenos da natureza.


Penso que a gente, enquanto amazonense, tem que olhar com mais humanidade e tentar entender um pouco o esforço que todos temos tentado fazer para ajudar essas famílias.


O Governo do Estado tem feito um trabalho de alcance que, eu diria, governo nenhum conseguiu fazer. Esses são os relatos que nós ouvimos, que nenhum governo conseguiu alcançar 62 municípios em menos de 35 dias, entregando um benefício, um auxílio que está chegando em um momento crítico, e nós temos feito isso.


AA: Como é fazer parte dessa missão de assistência?


KS: A minha experiência, a minha sensação, é a de que ainda temos muito a fazer, mas estamos fazendo, estamos dando o nosso melhor. Nossos técnicos, as equipes das secretarias nos municípios, principalmente, têm dado todo apoio às nossas ações.


AA: Este momento tem sido muito desafiador não apenas para os profissionais de saúde, mas também para trabalhadores da área social, incluindo a equipe que a senhora lidera. Como foi o trabalho nos hospitais, com a distribuição de lanches e atendimento psicossocial?


KS: Nós temos uma equipe que continua à frente de várias ações e um dos nossos grandes desafios, já no ano de 2021, foi o atendimento das famílias que buscavam informações a respeito de seus pacientes nas unidades hospitalares aqui da capital.


Nós ainda temos uma ação em que temos as tendas que fazem o acolhimento desses familiares, desde entrega de lanche, kit de higiene individual e também informação em um link direto com o hospital para que a gente possa passar para esse familiar uma informação mais precisa do estado do paciente, até para que essa família não fique tendo que ir todos os dias a porta do hospital.


A equipe do Fundo de Promoção, junto com a rede toda, que é Sejusc, FPS, Seas, teve essa preocupação em dar esse atendimento a essas famílias que buscavam informações.


AA: O momento ainda é de união pelo bem do coletivo. O que dizer para a população?


KS: Eu penso que a melhor forma de a gente ajudar as famílias, as pessoas que estão em situação mais vulnerável, é se protegendo.


Todos nós estamos sofrendo com a pandemia, alguns mais, outros menos, e a população que mais tem sofrido são as famílias em situação de extrema vulnerabilidade. São pessoas que, além do serviço de saúde, precisam da alimentação, precisam manter seus filhos.


Além de estarmos com essa preocupação da pandemia, do vírus em si, a gente precisa se preocupar com os que vão precisar de um apoio ainda maior, como a questão da segurança alimentar.


“Então, se a gente se protege, se a gente fica em casa, além de estarmos nos protegendo e protegendo nossa família, nós estamos protegendo a população mais carente”.


AA: Com o objetivo de alcançar todas as pessoas contempladas com o Cartão Auxílio Estadual, o Governo disponibilizou canais de atendimento para as pessoas  que não foram encontradas nas suas residências terem a oportunidade de receber o benefício. A senhora pode reforçar como vai ser esse processo?


Kathelen Santos: Esses beneficiários que nós não conseguimos encontrar por diversos motivos, ou porque não estavam no endereço ou porque não atualizaram os seus dados, poderão mais uma vez acessar o site www.auxilio.am.gov.br e lá irão poder verificar horário, local e data que vão poder retirar os cartões.


Para os beneficiários que tenham alguma dificuldade em acessar o site, o FPS disponibilizou um call center para que os contemplados também possam consultar local, data e hora para retirada dos cartões. O serviço de call center  pode ser feito das 8h às 18h por meio dos telefones: (92) 99498-7874 e 99267-1185.


Com informações da assessoria

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