quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Serrinha: Idosos da 3ª idade renovam energia dançando forró


Ultraje: Bolsonaro coloca um capitão-do-mato na Fundação Palmares

<i>Capitão do Mato</i>, de Rugendas (1823)
Johann Moritz Rugendas

A Fundação Palmares foi criada através da Lei 7.668, de 22 de agosto de 1988, logo após o fim da ditadura militar, no processo de redemocratização que se seguiu. Foi vinculada ao Ministério da Cultura, também criado na redemocratização, em 15 de março de 1985. A Fundação visava ser uma trincheira para a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos da negritude no Brasil e promoção da sua integração participativa com a construção nacional.

Bolsonaro acabou com o Ministério da Cultura. Agora quer acabar com a Fundação Palmares.

O governo dos milicianos dá continuidade à sua política de desconstrução nacional. Investe contra os grandes ativos econômicos do país – Petrobras, Embraer, empresas de engenharia; aniquila a política externa independente e coloca o país como capacho do americano; liquida com direitos dos trabalhadores, com a educação, previdência, organização sindical; avança contra os instrumentos de defesa do meio ambiente e toca fogo em nossas florestas; ameaça a liberdade de expressão, a criatividade artística, a ciência, a ilustração, a sabedoria.

Para acabar com a Fundação Palmares e golpear a negritude do Brasil, Bolsonaro lançou mão de um expediente pérfido, o uso de um negro degenerado pela cultura da opressão para agredir a negritude engajada na cultura da libertação. Essa é uma tática antiga que os dominadores racistas mais agressivos e maliciosos usaram na época dos nazistas e no tempo da escravidão no Brasil.

O articulista da Folha, Dodô Azevedo, lembra (na Folha de 27/11/2019) a figura grotesca de “judeus nazistas”, que defendiam Hitler, alguns dos quais se prestaram ao papel de guardas de segurança do gueto de Varsóvia, onde foram confinados e massacrados até a morte mais de 300 mil judeus, a partir de 1940, durante três anos. Recorda o judeu Max Naumann, que apoiou o programa nazista de Hitler, criticava o ativismo judeu de resistência, ridicularizava os heróis da luta judaica, até que um dia foi enviado para um campo de concentração.

Aqui no Brasil, na época da escravidão, os senhores de escravos usavam o “capitão-de-mato”, para ir à cata de escravos que fugiam do cativeiro, e trazê-los de volta, sob açoite, para os seus “donos”. E muitas vezes esses “capitães-do-mato” eram negros. Cumpriam uma função das mais desprezíveis na sociedade escravocrata. Eram verdugos de seu povo.

Mas, se de fato é uma afronta e um ultraje, a nomeação por Bolsonaro para a presidência da Fundação Palmares de um personagem tão reles quanto este Sérgio Camargo, por outro lado mostra fraqueza do bolsonarismo: não encontrou um negro ou branco digno, respeitado, conhecido, prestigiado pelos negros, para lhe servir. Teve que apelar para um ser desprezível, esse Camargo, que não honra nem a seu próprio pai, que foi o poeta, escritor, crítico e militante da causa negra nos anos 1960, Oswaldo de Camargo.

Para a educação política de nossa gente, seria bom confrontar a afirmação do Sérgio Camargo de que não há racismo no Brasil com o que disse o seu chefe Bolsonaro quando, em 28 de março de 2011, no programa CQC da TV Bandeirantes, foi perguntado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria se um filho seu namorasse com uma mulher negra. Ele respondeu: “Não vou discutir promiscuidade”.

De qualquer forma, ante tamanha desfaçatez do Bolsonaro, os movimentos democráticos brasileiros, em particular as diferentes agremiações que compõem o movimento negro, deveriam desencadear protestos enérgicos e contínuos para a derrubada desse agente adversário que o presidente quer impor, para destruir, na Fundação Palmares.

* Haroldo Lima, ex-deputado federal, é membro da Comissão Política Nacional do Comitê Central do PCdoB

Cachoeira: Universitária é morta a tiros e ex-namorado é suspeito


A estudante universitária Elitânia de Souza da Hora, 25, foi morta nesta quarta-feira (27/11) em Cachoeira (a 45 km de Conceição do Jacuípe).
Elitânia, que era aluna da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano), foi baleada por volta das 22h40, quando chegava em casa no bairro Currais Velhos, em Cachoeira. Ela chegou a ser levada para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com informações da Polícia Civil, o principal suspeito do crime é o ex-namorado da estudante, que não aceitava o fim da relação. Ele está foragido desde a morte da estudante.
O caso está sendo apurado pela Delegacia de Polícia de Cachoeira, que já ouviu testemunhas e realiza diligências para localizar o suspeito. Aluna do 7º semestre do curso de Serviço Social da UFRB, Elitânia se preparava para defender seu trabalho de conclusão de curso que tinha o feminicídio como tema central.

Com a morte da aluna, o reitor em exercício José Pereira Mascarenhas Bisneto declarou luto oficial de três dias e suspendeu as aulas no Centro de Artes, Humanidades e Letras da universidade nesta quinta-feira (28/11).
Em nota, a reitoria da UFRB informou que “as terríveis circunstâncias do crime contra Elitânia causam tristeza e indignação de toda a comunidade acadêmica”.

Homem acusado de ameaçar fazendeiros de Camamu para roubar colheita é preso


Joabison de Souza Santos, o “Cara de Urso” ou “Zico”, apontado como um dos envolvidos no assalto a uma empresa de bebidas, na cidade de Camamu, na Costa do Dendê, foi preso, na manhã desta quinta-feira (28/11), por investigadores da Delegacia Territorial (DT), daquela cidade.

O delegado Gilmar Prates, titular da DT/Camamu, informou que Joabison estava com um mandado de prisão preventiva em aberto e foi localizado na cidade vizinha de Ubaitaba. Ele também é investigado por ameaçar fazendeiros da região de Gaspar e Craveiro, em Camamu, para receber parte da colheita de cacau das propriedades.



Joabison e outros comparsas, que estão sendo procurados, abordaram o motorista de uma empresa de bebidas, no dia 3 de setembro, e arrombaram o cofre do local, levando R$ 20 mil e os celulares dos funcionários rendidos por eles. O acusado está preso na carceragem da unidade policial de Camamu, à disposição da Justiça.

Congresso derruba vetos a projetos de combate à violência contra a mulher

Foi derrubado veto ao projeto que exige notificação sobre indício de violência contra mulher
O Plenário do Congresso Nacional derrubou seis vetos presidenciais em sessão realizada nesta quarta-feira (27). Entre eles, alguns relacionados a projetos de combate à violência contra as mulheres, que passarão a virar lei.
Os parlamentares também rejeitaram o veto de alguns itens do projeto de lei sobre mudanças na lei eleitoral (PL 5029/19) e do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (
LDO) para 2020 (PLN 5/19). Todas as partes restituídas serão publicadas nas respectivas leis, assim como os vetos totais, que serão publicados na íntegra.
Entre os projetos que foram vetados totalmente e agora virarão novas leis destaca-se o que garante atendimento psicológico e de assistente social em escolas públicas de educação básica (PL 3688/00).
De acordo com o texto, equipes com profissionais dessas disciplinas deverão atender os estudantes dos ensinos fundamental e médio, buscando a melhoria do processo de aprendizagem e das relações entre alunos, professores e a comunidade escolar.
Quando houver necessidade, os alunos deverão ser atendidos em parceria com profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
A justificativa do presidente da República, Jair Bolsonaro, para o veto era que a obrigatoriedade de se oferecer esse serviço criava despesas obrigatórias ao Poder Executivo sem indicação da fonte de custeio.
Violência contra a mulher
Também será lei o projeto que obriga os serviços de saúde públicos e privados a notificar a delegacia policial sobre indícios de violência contra a mulher (PL 2538/19).

De autoria da deputada Renata Abreu (Pode-SP), esses indícios devem ser informados pelos serviços de saúde em, no máximo, 24 horas.
A justificativa do governo para o veto é de que a matéria “contraria o interesse público porque a notificação ocorreria sem o consentimento da vítima, o que tornaria a mulher mais vulnerável”. O governo argumenta ainda que a notificação poderia provocar futuras retaliações do agressor, especialmente se ambos habitarem o mesmo lar.
A legislação atual determina a notificação obrigatória de casos de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados (Lei 10.778/03).
Divórcio
Ainda sobre o mesmo tema, a lei que garante às vítimas de violência doméstica e familiar assistência judiciária para pedido de divórcio (Lei 13.894/19) contará com pontos vetados agora restituídos pelos parlamentares.

Um deles garante preferência à ação de divórcio ou de dissolução de união estável se ocorrer uma situação de violência doméstica e familiar após o início do processo.
Outro ponto com veto derrubado permite à vítima propor ação de divórcio no próprio juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher, que não cuidará da partilha de bens.
Doenças raras
Também virará lei o projeto (PL 6566/13) que reserva pelo menos 30% dos recursos do Programa de Fomento à Pesquisa da Saúde para o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e terapias para doenças raras ou negligenciadas pela indústria farmacêutica.

O governo argumentava que, apesar de meritória, a proposta poderia “comprometer o fundo e o financiamento e o pagamento de projetos e pesquisas em andamento”.
Doenças raras são aquelas com baixíssima incidência na população: afetam até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos. Já as doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas que atingem principalmente populações de baixa renda, como a leishmaniose e a doença de Chagas.
Investimentos
No 
projeto de lei de conversão da Medida Provisória 886/19, foi rejeitado veto a trecho sobre a Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI). Com a retomada do texto, a secretaria deverá manter mecanismos de diálogo com as confederações nacionais patronais de cada setor, com as comissões temáticas e as frentes parlamentares do Congresso Nacional.
Isso valerá para os setores de infraestrutura, que poderão contribuir com estudos, pesquisas e análises temáticas para subsidiar a tomada de decisões de caráter estratégico para a agenda de infraestrutura do País.
Em relação aos diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foi retomada a necessidade de sabatina pelo Senado Federal dos diretores indicados para dirigir o órgão.
Funasa
No projeto de lei (PLN 27/19) que mudou a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 (Lei 13.707/18), o Parlamento derrotou veto para autorizar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) a dar continuidade à execução de objetos por meio de convênios celebrados até 2018, desde que não haja obra com a mesma finalidade financiada pelo Ministério de Desenvolvimento Regional.

A mudança foi necessária devido à mudança para esse ministério de algumas atribuições da Funasa.
LDO
A sessão foi encerrada devido a problemas na votação em cédulas eletrônicas que não viabilizaram acordo entre os partidos. Parte dos parlamentares votou em uma cédula diferente daquela que havia sido definida pelos líderes partidários e, assim, vetos a trechos do projeto da LDO foram mantidos, quando a ideia era derrubar alguns deles.

O tema será retomado em sessão marcada para a próxima terça-feira (3), às 11 horas. Os líderes vão se reunir nesse dia, antes da sessão, para definir um novo acordo de procedimentos.
Entre os vetos ao projeto da LDO que deveriam ser derrubados estão os que tratam de dinheiro para o Censo Demográfico; a blindagem dos recursos para a educação, como queria o PT; e a inclusão, dentro do teto salarial do funcionalismo, do adicional de sucumbência recebido pelos advogados da União, defendida por PT e Novo.
Entretanto, outros três pontos do projeto da LDO de 2020 foram retomados na cédula eletrônica. Um deles viabiliza o repasse de recursos para despesas de capital a entidades privadas, como construção, ampliação ou conclusão de obras.
O segundo ponto com veto derrubado permite a estados e municípios usarem dinheiro de transferências voluntárias por meio de convênios para pagamento de pessoal contratado por tempo determinado para ações vinculadas a esses convênios.
Os parlamentares também dispensaram municípios de até 50 mil habitantes de se manterem adimplentes para assinar convênios para a transferência de recursos federais. Segundo o governo, isso fragiliza o controle da gestão fiscal em cerca de 88% dos municípios brasileiros.

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Escrito por:E VANIR JR

28/11/2019 09:19
Menos de 10% dos 60 mil assassinados por ano são mulheres. Ser mulher é a coisa mais segura deste país.
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

Bandidos roubam carro, são perseguidos pela PM e morrem após troca de tiros em Serrinha

Dois homens roubaram um carro, bateram contra um poste durante uma perseguição policial e
morreram após trocar tiros com policiais da CETO (Companhia de Emprego Tático Operacional) do 16º Batalhão de Polícia Militar, em Serrinha.
                       Um dos suspeitos é Gilson Ferreira, que residia na zona rural de Araci

De acordo com informações apuradas pelo Portal Cleriston Silva, o caso ocorreu por volta de 00h30 desta quinta-feira (28), quando a dupla roubou o veículo Hyundai HB20, placa OAZ-7244, na cidade de Araci.

Depois do roubo, a dupla fugiu em direção a Serrinha e a PM iniciou o acompanhamento utilizando giroflex, sinal sonoro e megafone da viatura. Durante a perseguição, o carro onde estava a dupla bateu em um poste nas proximidades do entroncamento de Biritinga e, em seguida, atingiu o muro de uma casa.

                 Um dos suspeitos é Gilson Ferreira, que residia na zona rural de Araci

Por conta do acidente, os homens desceram do carro atirando e entraram em confronto com a guarnição da PM. Na ação, os dois foram feridos. Rafael Santos e Santos, que morava em Lauro de Freitas, e Gilson Ferreira Santos, que residia no povoado Barreira, em Araci, chegaram a ser levados para o Hospital Municipal de Serrinha, mas não resistiram aos ferimentos.


                        Troca de tiros ocorreu nas proximidades do entroncamento de Biritinga

Segundo a Polícia Militar, com eles foram apreendidos dois revólveres calibre 38 com 12 munições deflagradas duas armas de fogo, o veículo alvo do roubo, quatro aparelhos celulares, R$ 80 em espécie, além de três bolsas e uma mala com várias peças de roupas.
    
                                          Veículo foi roubado na cidade de Araci




quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Luiza Bezerra: Como a Carteira Verde-Amarela subtrai nosso futuro


O governo Bolsonaro apresentou, em 11 de novembro, a Medida Provisória (MP) 905, que, entre outros retrocessos, implanta o contrato de trabalho verde-amarelo para jovens entre 18 e 29 anos que buscam o primeiro emprego. Conforme a proposta, a empresa pode contratar até 20% de funcionários sob essa modalidade, com remuneração de até 1,5 salário mínimo. Trata-se, na prática, de uma nova reforma trabalhista que, se não for revertida, vai precarizar ainda mais o mercado de trabalho.

   
O velho argumento para a implantação da Carteira Verde-Amarela é o mesmo usado na reforma trabalhista de 2017: a suposta criação de empregos, com foco na juventude. Fala-se em supostos 4 milhões de novos postos de trabalho com a medida bolsonarista. Durante a tramitação da reforma trabalhista, era alardeada a criação um número ainda maior de empregos: de 6 milhões.

No entanto, o desmonte da legislação trabalhista foi desastra: não houve alteração significativa nas taxas de desemprego, que segue sendo um dos principais problemas sociais do País. Aprofundaram-se a informalidade e a precarização. Atualmente, temos mais pessoas ocupadas sem carteira assinada do que trabalhadores formais. Isso significa menores salários, menos direitos, menos estabilidade, falta de perspectiva de aposentadoria e um lucro maior para os patrões.

Esse quadro desolador foi potencializado pela estagnação econômica e pela falta de políticas públicas de geração e proteção do emprego. No caso da juventude, os governos Temer e Bolsonaro esvaziaram políticas bem-sucedidas de inclusão e permanência no sistema educacional. Graças a iniciativas do gênero que foram instituídas nas gestões Lula e Dilma (2003-2016), os jovens tinham condições de adiar a busca do primeiro emprego – o que reduzia a pressão sobre o mercado de trabalho. Essas políticas ainda ajudavam a qualificar a mão de obra juvenil e garantir uma colocação profissional melhor.

A MP de Bolsonaro, ao contrário, agrava esse cenário, na medida em que busca retirar direitos da juventude – que já é uma das parcelas mais atingidas pela crise econômica. Os trabalhadores de 18 a 24 anos ostentam os piores índices de desemprego, precariedade e informalidade. Em vez de proteger esses jovens, a Carteira Verde-Amarela prevê a desoneração de encargos sociais e trabalhistas pagos pelos patrões, ao mesmo tempo em que taxa os desempregados – algo sem precedentes no mundo.

A medida ainda diminui e dificulta o pagamento do adicional de periculosidade, reduz o depósito do FGTS e da multa rescisória, além de possibilitar o pagamento parcelado de férias, 13º salário e FGTS – o que pode acarretar um achatamento salarial. Incentiva, indiretamente, a substituição de trabalhadores contratados por prazo indeterminado por empregados com contratos verde-amarelos. Sem contar o desrespeito à Convenção 144 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que prevê o diálogo tripartite entre governo, empresas e trabalhadores em caso de alteração de regras trabalhistas.

Outro descalabro da medida é o afrouxamento da fiscalização e da punição de empresas que desrespeitem as leis trabalhistas, bem como a redução dos custos com a demissão. O trabalho aos domingos e feriados, sem remuneração em dobro, será liberado, prejudicando, entre outras coisas, o convívio familiar (ente tantas vezes evocado pelo atual governo) e o lazer desses trabalhadores, sem ao menos garantir um pagamento compensatório para isso.

Com vários pontos inconstitucionais, tal medida ataca, mais uma vez, nossos direitos. O governo nem sequer apresenta dados que subsidiem suas promessas – e nem seria possível. Afinal, estudos sobre reformas trabalhistas liberais – como a que foi feita recentemente no Brasil e em outros países – comprovam que a retirada e a flexibilização de direitos não induzem a criação de empregos. Ao contrário, medidas como o aumento da jornada laboral e da precarização levam setores a pressionar ainda mais o mercado de trabalho, devido ao aumento do desemprego.

O contrato verde-amarelo é mais uma modalidade de contrato precário – só que com uma dose extra de maldade: os jovens serão cada vez mais impelidos a começar a trabalhares em uma condição fragilizada, com impactos para toda sua trajetória laboral.

A juventude quer estudar, ter emprego com direitos, quer cultura e lazer. Queremos futuro! Seguiremos na luta para retomar a esperança e construir um Brasil mais justo, com valorização do emprego, com desenvolvimento, e que, enfim, seja de todas e todos.

Morre Charles Guttenberg, o Rapadura de ‘A Praça é Nossa’


O humorista Charles Guttenberg, o Rapadura do programa A Praça é Nossa, morreu na tarde desta terça-feira (26), em Jundiaí, no interior de São Paulo. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Rapadura passou por uma uma operação no intestino, mas acabou tendo complicações e veio a falecer, de acordo com o programa Tricotando, da RedeTV”. Não foi revelado o motivo da internação.

Um sobrinho e amigo prestaram as primeiras homenagens nas redes sociais a Charles. “Acabei de perder meu tio. Para sempre vou te amar”, escreveu Alisson Bruno.

Já Marcelo Beny, conhecido por interpretar o ‘Bananinha’ declarou: “Com muita tristeza que comunico o falecimento de um parceiro que trabalhou por muito anos lado a lado”, disse.

Por:Varela noticias

Adolfo Menezes desabafa sobre acordo na AL-BA: "Política é onde existe muita traição"


Odeputado estadual Adolfo Menezes (PSD) reafirmou ao BNews que acredita na manutenção do acordo para que assuma a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) em 2021. Nos bastidores, no entanto, são fortes os rumores de que o atual presidente, Nelson Leal (PP), juntamente com o vice-governador, João Leão (PP), estaria articulando a aprovação de uma PEC que permita a reeleição na Casa.
[Adolfo Menezes desabafa sobre acordo na AL-BA:
Questionado sobre o assunto pela reportagem, o parlamentar baiano relembra que o arranjo foi selado com o governador Rui Costa (PT). "Acredito que, quando um acordo é feito com o homem [Rui], será mantido. É claro vocês da imprensa e a Bahia toda tomou conhecimento, não foi um acordo com o deputado Adolfo Menezes, foi um acordo com o governador Rui Costa", avalia.
O pessedista lembra ainda que o acordo foi feito após reunião "no Palácio de Ondina, num dia de domingo". "Os quatro pré-candidatos: eu, deputado Nelson Leal (PP), Rosemberg Pinto (PT) - líder do partido que teria mais legitimidade para ser o candidato -, e Alex Lima pelo PSD. E lá, depois de algumas conversas com o governador, ficou selado este acordo que contemplava o PP na pessoa do meu colega e vizinho Nelson Leal. Até porque, o presidente na época, era do nosso partido [Coronel]". 
"Rosemberg iria para a liderança e Alex Lima para a vice-presidência. E em janeiro de 2021, seria o meu nome. É claro que a gente vê, fico triste por um lado, mas já estou acostumado, porque estou há muito tempo na política, que é onde existe muita traição. A Assembleia é composta por diversos tipos de personalidades, de caráter... Então, é a Casa dos iguais, que são diferentes. Então, cada um olha a vida de um lado. Uns não prezam a palavra, coisa que é a única coisa que eu tenho. Mas faz parte. Sou tranquilo", relembra.
Adolfo, no entanto, diz que não acredita que a quebra do acordo seja encabeçada por Nelson Leal - contrariando o que se comenta nos bastidores. "É claro que não vejo esse movimento partindo do presidente. Acredito que deve-se a alguns deputados, já que alguns tem suas preferências. Mas acredito no acordo".
Menezes lembra que a eleição da Assembleia já impacta em 2022, "porque quem estiver assumindo a presidência da Assembleia está na linha de frente de assumir o governo caso haja uma necessidade". "Acredito que o acordo será mantido. Não acredito que o presidente Nelson Leal faria isso. Mas, o zum-zum-zum existe desde o ano passado".

Homem acusado de estuprar idoso em Curaçá é preso em Pernambuco após operação da polícia

Homem acusado de estuprar idoso em Curaçá é preso em Pernambuco após operação da polícia
Crédito da Foto: divulgação/Polícia Civil

Um homem acusado de violentar um idoso, na cidade de Curaçá, norte da Bahia, foi preso na zona rurald e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, em operação conjunta das polícias civil e militar.

De acordo com informação, divulgada nesta quarta-feira (27/11) pela Polícia Civil, João Felix da Silva Júnior era suspeito de estuprar um idoso e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, ainda em 2018.

Depois de cometer o crime, ele fugiu para a cidade pernambucana e só foi localizado após investigações da Delegacia Territorial (DT) de Curaçá. João estava escondido em um assentamento.

O suspeito foi conduzido para a Delegacia de Plantão, em Cabrobró, em Pernambuco, e, segundo a polícia, será recambiado para Curaçá e encaminhado para o sistema prisional.

Serrinha: Dono de casa onde 8kg de maconha foram apreendidos é preso por tráfico

Jiló foi flagrado com maconha, crack e cocaína


Com mandado de prisão preventiva em aberto por tráfico de drogas, Vagner Santos da Silva, conhecido como "Vaguinho" ou "Jiló", foi preso, na manhã desta quarta-feira (27), por volta das 9h40, em Serrinha, durante ação conjunta da 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e Delegacia Territorial (DT). A ação policial foi comandada pela delegada Maria Clécia Vasconcelos, coordenadora regional.

De acordo com o titular da DT/Serrinha, delegado Hildebrando Alves, em abril deste ano Vagner foi flagrado em casa, na Avenida Getúlio Vargas, com oito quilos de maconha, 800 gramas de crack e pinos de cocaína e estava sendo investigado por associação ao tráfico nos bairros Vila de Fátima e Treze, áreas dominadas pela facção criminosa "Bonde do Maluco". 


Droga apreendida na casa do suspeito no dia 5 de abril deste ano

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Conferência Estadual do PCdoB

Delegados escolhidos em Conferência Municipal participam da Conferência Estadual no Hotel Sol BAHIA  dia 22/11/19 em Salvador!

Suspeito de estuprar criança é morto em Lauro de Freitas

Um homem foi morto no início da noite desta terça-feira (26/11), na cidade de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. O crime aconteceu por volta das 17h30, na Rua Euvaldo Santos Leite, na região do Centro, atrás do Ginásio de Esportes.
De acordo com a fonte do Informe Baiano, a vítima foi agredida com vários golpes na cabeça e morreu em via pública. Ainda de acordo com a fonte do IB, existe a suspeita que o mesmo teria estuprado uma menina de 13 anos. Porém, a informação não foi confirmado pela Polícia Civil, que investiga o caso.

Sejusc participa de audiência pública sobre violência contra mulheres no Amazonas

O segundo dia da Campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, aderida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), iniciou com uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira  (26).

A ação Internacional é encabeçada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e teve início na segunda-feira (25), data que marca o “Dia Laranja”, da Não-Violência Contra a Mulher.

A audiência desta manhã foi proposta pela deputada estadual Alessandra Campelo (MDB) e contou ainda com a participação da secretária estadual de Assistência Social, Márcia Sahdo. Durante o evento, a titular da Sejusc, Caroline Braz, representou o governador do Amazonas, Wilson Lima, junto da sociedade civil e entidades de apoio às mulheres.

“O Governo do Amazonas está trabalhando na capacitação e incentivo financeiro de mulheres para que elas se libertem cada vez mais de relacionamentos abusivos”, disse Caroline Braz. “O Governo está tratando a pauta da mulher como prioridade, implementando e efetivando políticas públicas realmente eficazes”.

Encaminhamentos – As principais pautas abordadas na audiência pública devem compor uma carta, a ser elaborada ao fim da Campanha de Ativismo e entregue ao governador Wilson Lima. O objetivo é que o documento sirva de base para o planejamento de ações de combate à violência contra a mulher para os próximos três anos de gestão.


 
Iniciativa – A Campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma campanha internacional, criada durante o primeiro encontro “Women’s Global Leadership Institute”, em 1991. Desde então, a data é apoiada por instituições, escolas e sociedade civil de todo o mundo.

Programação – A próxima atividade acontece nesta quarta-feira (27/11), no Largo de São Sebastião, em parceria com o Comitê de Combate à Violência Obstétrica (CVO).

No local, a Sejusc oferecerá serviços do Ônibus da Mulher, junto com uma Mostra de Boas Práticas do Comitê de Combate à Violência Obstétrica.

Na quinta-feira (28), às 9h, o CVO realizará uma audiência pública sobre violência obstétrica, no Parque do Mindu, localizado na rua Perimetral, Parque 10.

No domingo (1º), Dia Mundial de Combate à Aids, será realizada uma roda de conversa no Colégio Militar da Policia Militar do Conjunto Viver Melhor 2. A programação contará ainda com testes rápidos de HIV.

Já no dia 6 de dezembro, às 17h, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência Contra as Mulheres, a Sejusc, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), realizará a “Caminhada dos Homens pelo fim da Violência”. A saída será do Fórum Azarias Menescal, na avenida Autaz Mirim, 8.812, Jorge Teixeira.

Para encerrar, no dia 11 de dezembro, a Sejusc fará a I Mostra de Trabalhos da equipe interdisciplinar do Serviço de Apoio à Mulher, Criança e Idoso (Samic) de Itacoatiara. A programação será realizada no auditório do Fórum de Itacoatiara, na rua Acácio Leite, 350.

Traficantes ostentam armas e gravam vídeo no Garcia; assista

Traficantes ostentam armas e gravam vídeo no Garcia; assista
Crédito da Foto: leitor/Aratu On
Um vídeo que tem circulado no WhatsApp mostra o momento em que traficantes da facção 'Bonde do Maluco' (BDM) ostentam armas e fazem ameaças, no bairro do Garcia, em Salvador.
"'Ó' o Bonde do Maluco como ta aí, 'ó'", diz um dos indivíduos, enquanto mostra o revólver; "'Nóis tá aí, ó', dominando. Bota a cara, d****" grita ele.
Um morador do Garcia, que não quis se identificar, contou ao Aratu On que ouviu disparos de arma de fogo na região, por volta das 03h da madrugada desta terça (26/11). No boletim da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), no entanto, não consta nenhum óbito no local na madrugada de hoje.
VEJA:

Prefeito de Água Fria é vítima de assalto e tem pertences roubados




O prefeito de Água Fria, Manoel Alves dos Santos, conhecido como Manoel Pontinha (DEM), foi assaltado na noite desta segunda-feira, 25, quando retornava da zona rural do município. Conforme apurou a reportagem do PCS, o roubo aconteceu por volta das 21h, na comunidade Fazenda Nova. Dois homens em duas motos Honda Bros, sendo uma de cor branca e outra laranja, interceptaram o veículo do prefeito. Vários objetos do gestor foram levados pelos assaltantes.

Depois de roubar o político, os criminosos fugiram em direção ao povoado de Boqueirão, no município vizinho de Santa Bárbara. Lá, eles invadiram uma casa para roubar e balearam o proprietário do imóvel identificado como Dorisvaldo de Jesus Miranda. O homem foi levado por familiares para o hospital de Santa Bárbara e, em seguida, transferido para Feira de Santana.

A Polícia Militar foi acionada e houve perseguição. Nas proximidades do povoado Sítio Santana, os suspeitos abandonaram as motos e fugiram por um matagal. A vegetação alta e a pouca luminosidade dificultaram o trabalho da polícia, que não conseguiu localizar os suspeitos.

As motos foram apreendidas e recolhidas ao pátio da Polícia Civil. Segundo a polícia, um dos assaltantes seria um indivíduo conhecido pelo apelido de "Abacaxi", morador do povoado Traíra I, na zona rural de Lamarão.


Motos usadas nos assaltos foram apreendidas pela PM

Mulher é presa após matar a própria irmã por causa de dívida em Antônio Gonçalves



Uma mulher foi presa suspeita de matar a irmã mais nova a tiros no município de Antônio Gonçalves, a 210 km de Serrinha. O crime aconteceu na madrugada de domingo (24), na Praça Ana oliveira, no centro da cidade. Segundo a polícia, o motivo da briga foram dívidas da família.

A vítima foi identificada como Ana Paula de Jesus Santos, de 29 anos. O titular da 19ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Bonfim), Felipe Néri, informou que a suspeita, Josefa Airan de Jesus Santos, 33 anos, foi presa em flagrante.

Na delegacia, Josefa confessou o assassinato. "Na verdade envolveu tudo, dívidas, brigas familiares, coisas de família", explicou o delegado. O corpo de Ana Paula foi levado para o Instituto Médico Legal de Senhor do Bonfim. Não há informações se elas tinham outros irmãos.



segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Dia nacional das baianas de acarajé tem programação especial; confira

Dia nacional das baianas de acarajé tem programação especial; confira

Crédito da Foto: Dicas da saideira
O dia nacional das baianas de acarajé é comemorado na segunda (25/11) e, em homenagem a elas, uma programação especial acontecerá no`Pelourinho no próximo sábado (23/11). A programação conta com missa, feiras e musica. A entrada é gratuita e aberta ao público.
A comemoração será com as bandas D' Papo Esquivel, Os Caras e Farol Ligh, além de Feira de Empreendedoras Negras e Desfile de Moda Plus Size na Praça da Cruz Caída, no Pelourinho, das 10h às 18h. Também haverá Missa em Ação de Graças às 09h da manhã, na Igreja do Rosário dos Pretos. A festa é comandada pela Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (ABAM) há 28 anos. 
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
09:00 - Missa de Ação de Graças (Igreja do Rosário dos Pretos no Pelourinho).
10:00 -  Feira de Empreendedoras Negras na Praça da Cruz Caída, no Pelourinho.
11:00 -  Desfile de Moda Plus Size, com o coletivo Rumo ao Sucesso na Praça da Cruz Caída, no Pelourinho.
12:00 -  Almoço Comemorativo (Feijoada) na Praça da Cruz Caída, no Pelourinho.
14:00 – Apresentação Cultural (bandas D' Papo Esquivel, Os Caras e Farol Light) na Praça da Cruz Caída, no Pelourinho.

Joice Hasselmann dispara: ''Bolsonaro age como vereador''

Alvo de ataques nas redes sociais após a família presidencial levar a público brigas que antes ficavam restritas aos bastidores do primeiro escalão, ela tem o também deputado Eduardo Bolsonaro (SP), que ainda não pôde deixar o PSL para não perder o mandato, como um dos principais desafetos. “Nunca tive carinho ou amizade pelo Eduardo, nunca houve essa aproximação.


 Prezo pelo diálogo e descobri muito cedo que ele não cumpre a palavra. Não consigo respeitar alguém que não cumpre a palavra”. 
Às vésperas do fim do ano, Joice não faz mistério sobre sua meta para 2020 — quer comandar a principal cidade do país e se coloca como pré-candidata do PSL à prefeitura da capital paulista. Mulher mais bem votada de São Paulo, diz ter sofrido provocações machistas e trabalha para se livrar do estigma de elitista. “Quero vencer a eleição com a ajuda de todos. Não vou ser a prefeita de elite, aquela que fica preocupada com as mazelas da classe A. A prefeita, ou pensa no município como um todo, ou não está preparada”.

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Com as articulações do Aliança Pelo Brasil, o PSL é quem mais perde aliados. A senhora fica no partido, mas como vai ser daqui pra frente?
Para nós, o PSL é dividido em Nutella e raiz. Os Nutella não concordam com divergência, não gostam muito do processo democrático, mas gostam da imposição. O grupo que é PSL de verdade optou pela democracia. Não pode haver uma ditadura interna dentro do partido, que é o que se tentou fazer, inclusive com a troca do líder (referindo-se à retirada do Delegado Waldir (GO), que foi substituído por Eduardo Bolsonaro, eleito por São Paulo). Para o PSL raiz, seria uma bênção que alguns saíssem. Há pessoas fazendo campanha para outro partido dentro do PSL. O próprio líder, o deputado Eduardo Bolsonaro, faz campanha. Isso é uma indignidade. Se está descontente, vá embora. Dizem que o problema é a regra eleitoral e, sim, ela existe porque o país é uma democracia. Senão, vira ditadura. Não há que se falar em “onda Bolsonaro”. Eu tive mais de um milhão de votos. Os outros também tiveram seus votos. Nós ajudamos o presidente a se eleger.
Ficou algum ressentimento depois das mudanças? A senhora saiu da liderança do governo, houve desavenças com o Eduardo Bolsonaro...
A gente só tem ressentimento com quem tem sentimento. Nunca tive carinho ou amizade pelo Eduardo. Prezo pelo diálogo e descobri muito cedo que ele não cumpre a palavra. Não consigo respeitar alguém que não cumpre a palavra. Aliás, essa questão de não cumprir palavra é uma marca deles (referindo-se aos filhos de Bolsonaro).
Isso recai sobre o presidente?
Com o presidente eu não fiquei ressentida, fiquei triste. Ele afastou todas as pessoas que realmente gostavam dele, quem trabalhava pelo Brasil de verdade, pessoas que largaram suas vidas para fazer campanhas para ele. Todo mundo que se dedicou foi limado. Especialmente os que tinham capacidade de discordar. Não nasci Bolsonaro. Quando comecei a apoiar essa ideia, ele foi à minha casa, pediu para eu entrar no partido dele. Não existe uma dependência, não tenho cordão umbilical com ele.
O posicionamento de olhar para frente envolve a disputa pela prefeitura de São Paulo?
O projeto inicial do partido é “Joice prefeita de São Paulo”. Mas há uma série de pleitos legítimos para fazer prefeitos, governadores e, quiçá, um presidente da República em 2022. A gente precisa entregar ao Brasil o que prometemos: um presidente liberal, com diálogo, que ouvisse todos, ainda que discorde de alguns; e não foi bem isso que a gente entregou. Houve um curto-circuito do que prometemos e do que entregamos. Espero que a coisa se corrija nos próximos três anos.

O PSL tem mais dinheiro em caixa. Vai receber R$ 1 bilhão de Fundo Partidário e Fundo Eleitoral. Na eleição passada, vocês tinham o orçamento mais enxuto...
Foi enxutíssimo. Minha campanha e a do Major Olímpio (senador do PSL de São Paulo) foram as mais baratas do Brasil. Pouco dinheiro, coisa de centavinho. Pensava: gente, se eu com R$ 100 mil faço uma campanha forte, imagina esse povo com R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. Gastei R$ 100 mil do Fundo Partidário, mas teve gente que doou trabalho e eu coloquei um pouquinho de dinheiro, mas nem precisei usar.
A senhora acha que o PSL se desvirtuou? Temos as candidaturas laranja, o presidente da República deixando o partido, confusões pelos cargos...
É uma estupidez dividir o único partido 100% fechado com o presidente. E quem dividiu? O presidente e o filho. O Planalto tinha 53 votos cativos na Câmara. Se o presidente falasse que vermelho era azul, todos ali votariam a favor. Por uma vaidade, porque o menino não ia conseguir uma embaixada (Eduardo Bolsonaro foi indicado pelo pai como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Mas a iniciativa não foi adiante), eles conseguiram rachar o partido. Quantos políticos entrariam numa guerra para ter 53 deputados alinhados? A única base que o governo tinha acabou. Mas o PSL não se desvirtuou. Quem se desvirtuou foi o PSL Nutella, que está de saída rumo ao partido da fakelândia.
Insisto nas candidaturas laranjas. Isso recai sobre o partido?
Em mim, não recai absolutamente nada. Sou a prova viva de que a mulher pode fazer um grande volume de votos. Não acredito na teoria de candidaturas laranjas. Mas supondo que realmente isso tenha existido, precisamos perguntar quem foi a laranja, de onde saiu o dinheiro e a quem beneficiou. Siga o rastro do dinheiro. A investigação precisa acontecer e, se aconteceu, as pessoas têm de ser punidas. Acho incoerente o Marcelo Álvaro (ministro do Turismo) ser denunciado por isso e permanecer ministro. É incoerente o presidente falar desse assunto (em ataques ao PSL depois das brigas internas no partido) quando o denunciado é ministro dele. Essa conta não fecha. O PSL vai mostrar que sem a turma da tarja-preta, que queria criar uma ditadura interna, será o partido mais transparente do Brasil.
A senhora fala de tarja-preta, ditadura, em um contexto que envolve o presidente e seus filhos. Bolsonaro tem atitudes autoritárias?
Muitas. Esse é um ponto de conflito entre nós. Sempre tive a liberdade de falar tudo o que eu queria com o presidente. Conheci o Jair quando ele ia às manifestações em que a gente lotava ruas em São Paulo, contra a Dilma, e ele chegava de chinelão Rider e bermuda. Ficava lá embaixo e ninguém sabia quem ele era. Eu tinha a liberdade de dizer: está errado. Cheguei a dizer que, se ele continuasse seguindo esse caminho, ele acabaria como o Fernando Collor (ex-presidente da República cujo fim do mandato ocorreu após um processo de impeachment). Isso foi gravado. Falei: cara, me ajuda a te ajudar. E isso no segundo mês de governo, quando começou aquela confusão do Gustavo Bebianno (ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República). Mandei uma mensagem dizendo: se você não sabe fazer essas coisas, deixa que eu faço. Nunca escondi do presidente que ele tem atitudes impróprias. Às vezes o presidente mandava piadinhas de outros políticos, memes, coisas que eu achava de mau gosto. Eu respondia: amigo, vamos lá, cresce. Chegou ao ponto de a gente se bloquear no WhatsApp. Ele é muito turrão.
© Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Alguém incentiva esse posicionamento?

Todo mundo ao redor dele, dos filhos aos assessores. Especialmente os assessores colocados pelos filhos, o que é chamado por aí de gabinete do ódio. São pessoas com acesso ao presidente que despacham diretamente com ele. Acompanham reuniões, ficam ali o tempo todo sugerindo informações, disparam coisas na lista de transmissão do presidente, às vezes atacam políticos. O presidente tem uma mania de distorcer informações e fica zangado quando alguém pensa diferente.
Sobre listas de transmissão, ataques a adversários e fake news, há quem culpe o partido...
A campanha do presidente teve dois núcleos para tratar das redes sociais. Um, feito com as redes do PSL com a ajuda de quem tinha perfis com muitos seguidores. O outro, coordenado pelo Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro), ninguém chegava perto. O Carlos tinha senhas, comandava o núcleo e conversava com as pessoas envolvidas lá.
Os ataques do partido e dos filhos do presidente alcançaram a senhora. Como isso a afetou?
Havia um desejo enorme de tentar me agredir, mas ninguém conseguia, porque eu entregava tudo o que o governo precisava. A estratégia adotada foi tentar, depois da campanha, colar em mim a pecha de que eu trocaria o Bolsonaro pelo Doria. Mas fiz a campanha do Doria autorizada pelo Bolsonaro. “Entre de cabeça”, ele disse, aproveitando para xingar o senador (Major Olímpio), que estava apoiando o adversário do Doria, o Márcio França (PSB). O presidente da República, que ainda era candidato, me autorizou. Querem queimar todo mundo que pode ser uma pedra no sapato dele. O Sérgio Moro (ministro da Justiça) é um exemplo. A população gostaria de vê-lo presidente e, agora, ele está deixado de lado. O Doria falou “quem sabe, um dia”, e tornou-se inimigo mortal do clã. Criou-se uma narrativa que foi se intensificando. Quando aconteceu de eu deixar a liderança do governo, abriram a porteira: espalharam um dossiê falso, colocaram minha cabeça em uma foto com o corpo de uma prostituta. Retribuíram tudo o que eu fiz pelo governo desse jeito. O que me assombra é o presidente não ter pulso para colocar ordem nisso ou compactuar. As duas coisas são assustadoras.
O presidente não tem pulso?
Ele é o homem mais importante do país. Mas, às vezes, tem agido como se fosse um vereador. Quando pega o telefone para dizer ao deputado “vem aqui que vou te dar um carguinho para você votar no meu filho na lista de líderes”, apequena o cargo. Caramba! Negociar o cargo de líder de um partido, uma coisa pequena para um presidente da República eleito com 57 milhões de votos. Quando essa pequenez acontece, fico entristecida. Se Bolsonaro não consegue botar ordem nos filhos, é um problema. Se compactua, o problema é maior ainda.
A senhora foi uma das mulheres mais poderosas do Congresso. Enxergava machismo?
O primeiro ataque de machismo partiu da família Bolsonaro. Logo comigo, que sempre disse que os movimentos feministas são um exagero. Nunca sofri machismo no Congresso. Cheguei lá com um bando de marmanjo, gente que está na política há décadas, e ninguém ousou. Um líder poderoso no Congresso chegou a falar, em uma entrevista, que as pessoas tinham medo de mim. Aí, justamente pelas mãos do homem que eu defendi, disse para as mulheres: “eles não são machistas, eles são machões. É outra coisa”. Mas eu me enganei nesse quesito. Espero que ainda haja correção, pelo bem do Brasil. Quero que esse governo dê certo.
© Marcelo Ferreira/CB/D.A Press Todo país precisa de um presidente honesto e competente. O Brasil elegeu alguém com essas características?
Acho que falta o preparo de gestor, experiência de liderança que o presidente não teve na Câmara. Ele nunca foi líder de nada, de comissão nenhuma. Mesmo o baixo clero consegue fazer os seus grupinhos. A falta de preparo intelectual, que também existe ali, pode ser suprida com os ministros. Se souber montar um bom time, teremos um excelente presidente. Se surtar com as emoções, como tem acontecido com frequência, se torna uma coisa perigosa. Os surtos constantes têm afastado todo mundo. Quanto tempo o Moro vai aguentar? Quanto tempo o Paulo Guedes vai aguentar?

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