O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tem sido alvo de críticas de setores conservadores por ele não ter assinado carta de apoio à manutenção dos estados na reforma da Previdência. Divulgou-se que somente Rui Costa (PT), da Bahia, e o governador maranhense não assinaram o documento.
Flávio Dino foi taxativo ao dizer que não apoiará “genocídio contra os mais pobres e mais necessitados”. “Nem apoiarei a destruição da Seguridade Social com a tal da capitalização, de interesse dos bancos”, afirmou nesta sexta-feira (30).
“Não assinei a carta por considerar que o projeto do Governo Federal é injusto e precisa melhorar muito. Só o diálogo ponderado pode resultar em um projeto equilibrado”, explicou.
Flávio Dino diz que vários governadores não confirmaram seus nomes na suposta carta. “Circula uma carta de apoio com supostas 25 assinaturas de governadores, várias não confirmadas”, esclareceu.
Os governadores Wellington Dias (PT), do Piauí, e Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, dizem que também não assinaram.
Em conjunto com os governadores do Nordeste, Flávio Dino já havia marcado posição sobre a proposta de Bolsonaro por entender que o objetivo dela é acabar com a Previdência pública, o que se daria pela introdução do regime de capitalização.
Nele, os trabalhadores passam a contribuir para uma poupança individual a fim de obter no futuro sua aposentadoria. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 30 países que adotaram a capitalização, 18 deles já se arrependeram.
Além da capitalização, os governadores já haviam se posicionado contra as mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada), na aposentadoria do trabalhador rural, e a desconstitucionalização dos direitos previdenciários.
Da redação
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