quarta-feira, 26 de junho de 2019

Comerciante é detida acusada de filmar abordagem policial em São Felix do Coribe


Uma comerciante que não teve a identidade divulgada foi detida por policiais do Pelotão de Emprego Tático Operacional (
PETO), na cidade de São Felix do Coribe,no oeste da Bahia, no último sexta-feira (22), acusada de filmar os policiais abordado um motociclista durante uma blitz.Conforme populares, a empresaria foi detida ao se aproximar dos policiais com o aparelho de celular ligado e filmando.
                                       

Consta na ocorrência registrada pela comerciante na Delegacia de São Felix, que ela estava na porta do seu comércio quando um ex-funcionário foi parado e ela estava filmando, momento em que o comandante teria aproximado dela e tomado seu celular.Em seguida, ela foi colocada dentro da viatura.
O prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro (PSD), gravou um vídeo denunciando o suposto abuso de poder. “Eu venho aqui como cidadão, como uma liderança dessa região, cobrar das autoridades, que uma cidadã foi presa, simplesmente porque filmava em seu ambiente de trabalho, uma blitz realizada na porta da sua casa. Uma mãe de família, simplesmente porque filmava uma blitz da Polícia Militar. Eu não acredito que na Bahia é proibido filmar as blitz da Polícia Militar”, finalizou Ribeiro.
O Coordenador Geral  da Associação dos Policiais Militares, Bombeiros e seus Familiares (Aspa), o deputado estadual Marco Prisco(Soldado Prisco)   declarando apoio total aos policiais da  30ª  Companhia Independente de Polícia Militar(CIPM) e repudiando comportamento do gestor lapense.
Segundo Prisco, tentar desmoralizar os policiais não colabora com a segurança, mas fragiliza o elo entre polícia e os cidadãos sãofelense.
Procurado pelo portal Folha do Vale, o comando da 30ª CIPM não atendeu nossas ligações, mas o espaço fica aberto para os devidos esclarecimentos.
De acordo com um advogado ouvido pelo portal,  não é proibido filmar abordagens policiais muitas vezes o cidadão (que por vezes é um repórter), ao presenciar uma abordagem policial, resolve registrar a atuação fotografando ou filmando (com câmera profissional ou um simples smartphone), como forma de fiscalizar a ação estatal, especialmente quanto ao uso da força.
“Ocorre que em algumas situações o policial militar, sentindo-se incomodado com a fiscalização sobre o seu trabalho, arrecada o aparelho do indivíduo e o conduz para a delegacia de polícia, seja pela alegada prática dos crimes de desobediência e desacato, ou por supostamente ser uma testemunha obrigatória dos fatos”, disse.
Para o advogado o cidadão pode perfeitamente fiscalizar a ação dos agentes públicos sem atrapalhar o desempenho da missão pública e sem alterar a cena do crime. Registrar à distância a busca pessoal em nada prejudica a abordagem policial. “Evidentemente deve se identificar quando solicitado (artigo 68 da LCP), e eventual divulgação do material deve ser desacompanhada de ofensas aos envolvidos ou desacato aos policiais.


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