terça-feira, 3 de outubro de 2017

Além de queda coice – Prefeitura de Camaçari proíbe desempregados de sobreviver à fome

Perverso é pouco. O governo do prefeito Antônio Elinaldo (DEM), que tem sido chamado de perverso por vereadores não cansa de extrapolar os limites da insanidade humana. Na verdade a prefeitura parece estar testando os nervos da população que, diante do desemprego e da falta de comida na mesa, há muito, com essa crise, que tem tentado se defender da fome vendendo as vezes frutas as vezes verduras e legumes em suas portas, agora se veem proibidas de o fazer.
O "Boletim Informativo", da prefeitura de Camaçari, datado de 1º de outubro (domingo?), aos "Vendedores Ambulantes de Hortifrúti e Afins", invoca o Art. 7 – "O exercício da atividade de comércio ambulante dependerá sempre de autorização da Prefeitura, mediante requerimento do interessado e pagamento de preço público, sendo pessoal e intransferível". Ocorre que quem vê as atitudes do governo municipal, que vem, "na cara-dura" cerceando o direito da comunidade sem lhe dar a menor satisfação, sobretudo no pós intervenção, como ocorreu com os barraqueiros da AV. Industrial, e não correspondendo com suas atribuições mais elementares frente à população, não espera que autorização alguma lhes sejam dadas.

E de fato a gestão do prefeito Elinaldo não mensura minimamente outorgar autorização alguma à esses pais e mães de família, posto que nada do restante do parágrafo 7 foi inserido no "informe", que são orientações para os que pretendem se formalizar no comercio ambulante. E ainda que houvesse citado, uma vez que a maioria dessas pessoas estão mesmo apenas tentando alimentar provisoriamente os seus filhos, na esperança que a crise passe e seus empregos sejam re-estabelecidos, a gestão sabe muito bem que essas pessoas não iriam se cadastrar sobretudo por saberem que isso seria o mesmo que trabalhar para ganhar quase nada para dois pobres comerem no mesmo prato: o ambulante e a prefeitura, sabedor que são essas pessoas que a boca da prefeitura é bem maior que a barriga dos seus filhos juntos.

Se víssemos que a proibição se limita ao centro da cidade, e às imediações do Centro Comercial, por causa da concorrência aos feirantes regulares, ou que um prazo razoável, de alguns meses, em consideração ao momento econômico que vive o país, estava sendo dado, nada diríamos, mas diante da proibição a até um pai de família de com seu "carrinho de mão", isso mesmo, carrinho de mão, lutar pela sobrevivência de seus filhos, não dá para engolir. São uns bárbaros.
Mas é como diz o ditado, "Quem não ouve aquieta ouve coitado!"
   
Boletim Informativo
Boletim Informativo

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