De acordo com o delegado Adilson Bezerra de Freitas, titular da DT/Amargosa, o contador fazia anotações falsas nas empresas, que contratavam o escritório de contabilidade no qual trabalhava, inserindo funcionários fictícios e, a partir de dados constantes nas carteiras de trabalho e numeração do PIS, ele fazia saques do abono salarial e outros benefícios.
O delegado disse que a investigação descobriu que, por meio de apenas uma empresa familiar, que não possuía empregados, Luciano contratou fraudulentamente 164 funcionários, conseguindo sacar depois de alguns meses o abono salarial de todos eles. “A polícia investiga agora a participação de outras pessoas no esquema”, afirmou o delegado, que já tem a identificação de algumas delas.
Luciano ganhava um salário mínimo no escritório de contabilidade, mas ostentava uma vida incompatível com a de alguém que detivesse tal remuneração. Ele possuía, por exemplo, um veículo Ford Fusion e uma motocicleta de 600 cilindradas. “Estamos investigando denúncias de que ele também comercializaria drogas ilícitas”, acrescentou o delegado.
Nas buscas feitas na residência dele, os policiais apreenderam 10 munições para arma calibre ponto 38, 31 carteiras de trabalho, 70 cartões Cidadão, dezenas de cartões do Bolsa Família e da Caixa, CPFs, IPVAs e mais de 400 cópias de documentos de pessoas diversas e anotações do “esquema criminoso”. Um pássaro “azulão, da fauna silvestre e em processo de extinção, também foi apreendido,
O delegado Adilson Freitas explicou que, inicialmente, Luciano Contador responderá pelos crimes de posse de munição, estelionato, falsidade documental e crime ambiental, permanecendo custodiado na carceragem da DT/Amargosa, à disposição da Justiça. Uma cópia do procedimento será encaminhado à Polícia Federal.
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