sexta-feira, 29 de maio de 2020

Coronavírus: ‘as pessoas dizem com orgulho que não se cuidam’, diz funcionária da Ceasa, do Rio

Movimentação de pessoas no CEASA (Central de Abastecimento) do Rio de Janeiro após a reabertura de ferias livres, em Irajá, na zona norte da cidade, em 30 de abril de 2020.
Movimentação de pessoas na Ceasa do Rio após a reabertura de feiras livres, em Irajá, zona norte, em 30 de abril. Foto: Marcelo Fonseca/Folhapress

NA SEGUNDA MAIOR central de abastecimento da América Latina, a unidade Grande Rio da Ceasa, localizada no bairro Irajá, zona norte do Rio de Janeiro, circulam diariamente cerca de 50 mil comerciantes, produtores, transportadores e clientes que trabalham na distribuição e comércio de frutas, legumes e verduras.

Apesar desse potencial para se tornar um epicentro de contaminação, medidas sanitárias que serviriam para evitar transmissões da covid-19 entre os mais de 600 comerciantes, seus funcionários e outros 2,5 mil produtores cadastrados não têm sido respeitadas na unidade, gerida pelo governo do estado.

Funcionárias como Laura*, 25 anos, relatam situações frequentes de aglomerações e fiscalização precária por parte do governo estadual. Ao Intercept, Laura contou enfrentar reações hostis diariamente de clientes que se recusam a cumprir medidas sanitárias. Em alguns casos, arrancam as máscaras e cospem para provocar e reclamar do excesso de cuidados.

Mas o risco do coronavírus está presente no bairro. Segundo o painel Rio Covid-19, Irajá tem hoje mais de 300 casos confirmados de covid-19 e 50 mortes.

Pavilhão do Ceasa do Irajá no dia 9 de abril, quando o estado do Rio tinha mais de 2,2 mil casos confirmados e 122 mortes por coronavírus.Fotos: crédito


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