sábado, 21 de setembro de 2019

Ághata Félix, 9 anos, é mais uma vítima da política genocida de Witzel

 
Segundo moradores, o autor do disparo seria uma policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, que teria suspeitado de um motociclista que passava no local. Em nota, a PM informou que a Coordenadoria de Polícia Pacificadora vai abrir um procedimento apuratório para verificar as circunstâncias do fato.

Moradores do Complexo do Alemão estão realizando manifestação na entrada da Grota pela violência na favela e pela morte da Ágatha.

“Ninguém poderá mensurar a dor desta mãe. Muita força para essa família”, escreveu no Twitter a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara dos Deputados.
“Quem deterá o governador Witzel? Com certeza não será sua humanidade, já que comprovou não lhe restar nenhuma. É preciso transformar nossa indignação em protestos e ações institucionais e políticas suficientemente fortes para impedir esse massacre”, afirmou a deputada.

“Quando uma criança de 9 anos é morta a tiros pelo Estado todos nós morremos um pouco. É inumano não se condoer. Até quando? O governador do Rio de Janeiro pratica uma política de segurança genocida. Não há outro nome quando forças policiais são instruídas a sobrevoar ou adentrar comunidades atirando antes de perguntar. Deve ser denunciado e pagar por seus crimes contra a Humanidade”, protestou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), diz que esse é um crime contra o povo. “Agatha Félix. Oito anos de idade. Negra. Pobre. Moradora de morro. Assassinada. A política de segurança genocida adotada por governos como o de Witzel, no Rio, inspirada nas atrocidades patrocinadas por Jair Bolsonaro, não é contra a criminalidade. É contra o povo”, disse.

A política de segurança do governador Witzel é marcada pela violência. Atiradores munidos de fuzis disparam de helicópteros contra as comunidades obrigando os moradores, entre eles, crianças, a se atirarem ao chão. Nas favelas comandadas por traficantes, todos que vivem no local são tratados como criminosos.

“Hoje a favela amanhece sangrando com a morte brutal da menina ÁGATHA FÉLIX, de apenas 8 anos de idade, morta enquanto estava dentro de uma Kombi na comunidade com seus familiares. É INADMISSÍVEL QUE ISSO CONTINUE ACONTECENDO!!!”, postou na rede social a Voz das Comunidades, um veículo de comunicação das favelas.


Da redação 

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