quinta-feira, 7 de março de 2019

Suspeito de matar folião em Carnaval no Campo Grande pode ter escondido arma dentro de isopor

[Suspeito de matar folião em Carnaval no Campo Grande pode ter escondido arma dentro de isopor] 

Edmilson dos Santos Silva Júnior, conhecido como Caroço, suspeito de matar o mecânico Jeferson São Pedro Almeida, 21 anos, no Campo Grande, durante o Carnaval, estava trabalhando como vendedor ambulante e pode ter entrado no circuito com a arma escondida dentro de um isopor de bebidas. Ele foi apresentado na manhã desta quinta-feira (7), no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba.

"A mãe de Jeferson estava no local comercializando bebidas alcoólicas. Ele disse que entrou no circuito na quinta-feira de carnaval com um isopor e só foi em casa tomar banho. Possivelmente esse tenha sido o recurso. Ter entrado de manhã cedo com o isopor, escondendo dessa forma a arma que seria utilizada", explicou Cleulba Teles, diretora adjunta do DHPP, ao ser questionada sobre a presença dos portais de abordagem nos circuitos da festa.

A vítima teve a morte cerebral confirmada na tarde de quarta (6), no Hospital Geral do Estado (HGE). A informação é da mãe da vítima, a dona de casa Joice Pinheiro de São Pedro, que completou 37 anos no mesmo dia da confirmação da morte do filho. Além do mecânico, mais três pessoas foram atingidas de raspão. As vítimas foram socorridas e segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), já receberam alta médica.
 
De acordo com José Bezerra, diretor do DHPP, Jeferson se apresentou no início da noite de quarta (6), após ser convencido pela mãe. "Após a identificação e diligências, além da foto dele que estava circulando, ele decidiu, convencido pela mãe, a se apresentar e contou a sua versão sobre fatos. Logo em seguida foi dado o cumprimento do mandado de prisão", disse.  Conforme o diretor, Edmilson foi preso em 2016 por tráfico de drogas.

Em depoimento à polícia, ele negou que tenha atirado na vítima, no entanto, um vídeo divulgado pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA)  mostra o suspeito escondendo um objeto na cintura, que segundo a polícia, seria a arma utilizada no crime. “As imagens são claras, porque demonstram que ele está a todo momento procurando o seu alvo. Ele diz que não. Ele diz que queria se esquivar da briga, mas não é isso que as imagens mostram. As imagens mostram ele correndo atrás da pessoa que ele quer atingir, mas até esse momento do interrogatório ele permanece negando, mas com diversas contradições”, esclareceu Cleuba Teles.

O suspeito ainda contou que os disparos foram efetuados após uma briga generalizada entre dois grupos rivais e que conhecia Jeferson, pois ambos moravam no bairro da Federação.

Ainda conforme a polícia, a arma usada no crime não foi encontrada. “Nós estivemos no endereço que consta nos registros dele, no bairro da Federação. Essa residência é da avó materna. Ela disse que ele não reside com ela há mais de um ano e que o neto não tinha ido morar com avó paterna no bairro do Garcia. Nós estivemos lá, fizemos uma revista no imóvel e avó dele afirmou que, na verdade, ele não tem residência fixa e que naquele dia ele tinha ido pra lá realmente, mas não encontramos nada”, explicou o delegado Alexandre Narita.

No dia do crime, Edmilson chegou a ser levado para um módulo policial, instalado no circuito da festa, mas foi liberado em seguida, já que os policiais não encontraram a arma com ele.

Diligências serão efetuadas para identificar outras pessoas envolvidas no caso. Edmilson será encaminhado para o Complexo Penitenciário da Mata Escura.

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