quinta-feira, 4 de maio de 2017

Carro de gerente da Katiara morto com mulher e motorista tinha inscrições do BDM


Buscas por meninas em Pedrão, nesta terça
A Polícia Civil já tem uma linha de investigação para as mortes de três pessoas na cidade de Pedrão, Centro Norte do estado. O crime pode estar relacionado a uma guerra entre duas das quatro facções criminosas que atuam na Bahia: Katiara e Bonde do Maluco (BDM). 

À frente das investigações, o delegado titular de Pedrão, Henrique Moraes, disse na manhã desta quarta-feira (3) que no veículo EcoSport onde estavam dois dos mortos - a mulher e o motorista de um dos gerentes da Katiara, Robson Luiz Gomes Lima, o Robin, 32 anos -, havia inscrições do BDM. 

“A perícia da cena de crime encontrou riscado na porta e no capô do carro a sigla BDM”, revelou o delegado. O carro é periciado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Moraes considera provável que o crime tenha sido cometido pela facção rival. “Robson era um dos chefes da Katiara e atuava também em Valéria (bairro de Salvador). Com um histórico desse, e as iniciais deixadas no carro, a primeira linha de investigação é de uma guerra entre facções”, declarou o delegado, sem dar mais detalhes.

Mortos - Além de Robin, morreram Danilo Luiz Araújo Souza, 24, que dirigia o EcoSport, e a esposa de Robin, Juliana Conceição do Nascimento, 23. Os corpos de Danilo e Juliana foram encontrados com marcas de tiros dentro do veículo, na última sexta-feira, a 5 km do sítio em que todos estavam, na localidade de Abobeiras, zona rural de Pedrão. Já Robin foi achado dois dias depois, numa mata fechada, também com perfurações de tiros.

Crianças - Ainda continuam desaparecidas as filhas de Robin com Juliana, duas meninas – uma de 1 ano e outra de 5 anos. Nesta quarta-feira, parentes das crianças realizaram buscas no local onde os corpos das vítimas do triplo homicídio foram encontrados, mas não havia nenhuma pista do paradeiro delas.

Envolvidos - A Polícia Civil apura ainda se envolvidos no crime estavam no sítio. Ainda segundo o delegado Henrique Moraes, pelo menos dois homens foram vistos por moradores dentro do sítio com Robin e a família.

Apesar de proprietário do imóvel, comprado no início do ano, Robin ia ao sítio com pouca frequência, ao contrário dos homens vistos pela comunidade, que afirma que eles sempre andavam armados.

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