terça-feira, 28 de março de 2017

Bombeira enfrenta perigos do mar para salvar vítimas

Precisou do suporte de uma bombeira em uma das praias da extensa orla de Salvador? Certamente conheceu a soldada BM Bárbara Perrone, única mulher do 13º Grupamento de Bombeiros Militar (Grupamento Marítimo/ Gmar) a atuar, no presente, como salva-vidas. De inverno a verão, ela está no posto de serviço, em uma das praias mais populares da cidade, garantindo a segurança de banhistas através de ações de prevenção, repressão e salvamento de banhistas.
Integrante há 10 meses do Gmar, Perrone acredita que é vocacionada para exercer a atividade e, já passou por situações inusitadas dentro e fora do mar. Formada em enfermagem e pós-graduada em urgência e emergência, foi convocada durante serviço do carnaval 2017 para realizar o parto do sétimo filho de uma gestante que trabalhava como catadora de latinha no circuito Barra/Ondina.
Após realizar manobras que ajudaram no nascimento, a profissional notou que o bebê havia aspirado líquido, “foi meu primeiro parto e fiquei preocupada com o bem-estar da criança”, lembrou. A profissional garantiu que ajudar a colocar uma pessoa no mundo deu-lhe sensação de paz.
Na unidade marítima viu também a chance de unir duas de suas habilidades: a natação e os conhecimentos em primeiros socorros. “Isso porque um salvamento nunca termina na água. Após retirar a vítima e, dependendo do grau de afogamento, são necessárias manobras de primeiros socorros”, explicou.

Com os olhos sempre direcionados para o mar do Porto da Barra e com atuações nas praias do Farol da Barra e Itapuã, ela enfrenta o perigo do mar (principalmente no inverno) e o preconceito de banhistas homens. “Em muitos casos alcoolizados, eles recusam ajuda”, pontuou.
E o que não falta é história para contar. Sob influência de bebidas, um homem ficou ilhado em algumas pedras, na praia de Itapuã. A bombeira, observando o risco que ele enfrentava foi ao local com seu equipamento, mas foi reprimida pelo cidadão. “Ele se desequilibrou e caiu no mar”, relatou. Após o salvamento, a vítima, que havia chamado a profissional de ‘louca’, desculpou-se e agradeceu.

Para dar conta da intensa atividade física presente na rotina profissional, participa de treinamentos frequentemente e faz exercícios. “É da responsabilidade do guarda-vidas manter um bom condicionamento, pois trabalha num ambiente que não pode ser controlado”, assegurou.

Fonte: Ascom/Marcia Santana

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