segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Pindobaçu: Estudante baiana desenvolve protótipo de aviário automatizado para ajudar na agricultura




Uma estudante do município de Pindobaçu, a 218 quilômetros de Serrinha, desenvolveu um protótipo de aviário automatizado para facilitar a vida de trabalhadores do semiárido baiano, especialmente na criação de aves e produção de ovos. Adriana Nascimento, estuda Ciência da Computação no Instituto Federal Baiano (IF Baiano), no município de Senhor do Bonfim. Ela fez o protótipo do viveiro com auxílio de um professor, José Honorato Nunes, e um colega de curso, Javam Oliveira.

"A ideia surgiu a partir de um projeto de pesquisa, cujo objetivo era fazer um estudo sobre a robótica educacional e voltados para o contexto do semiárido baiano", explica a estudante. A estudante conta que o principal objetivo do projeto foi arquitetar um protótipo de baixo custo para o aviário do instituto onde estuda. Atualmente a equipe busca recursos para implementar a ideia no aviário local. Os preços dos protótipos, segundo ela, variam de acordo com o tamanho de aviário construído.

Entre as possibilidades do viveiro automático, está o controle do microclima do ambiente, a monitoração da umidade interna e ainda a verificação do estado das cortinas do local. O equipamento possibilita que o controlador defina se os animais precisam de mais acesso ao sol ou de mais sombra. De acordo com a pesquisadora, o calor excessivo é umas principais causas de morte das aves, por isso controlar esses aspectos é tão importante.

Sobre o desenvolvimento do projeto, a pesquisadora contou com o auxílio de professores de zootecnia para definir parâmetros de qualidade que normalmente são avaliados de forma analógica: temperatura interna, posição dos ventilados e abertura e fechamento de janelas. Tudo isso foi automatizado utilizando um microcontrolador Arduino, um pequeno computador de baixo custo com poder de processamento e de fácil utilização.

Uma das vantagens do projeto é que com a melhoria da condições dos ambientes onde vivem as aves, a produção de ovos aumenta. Além disso, com a automatização, a necessidade constante de avaliar as especificações citadas é reduzida. Assim, o volume de funções do trabalhador do campo é aliviado.

A pesquisadora ressalta ainda que uma outra questão importante é que "a automação do aviário com baixo custo é muito relevante para nossa região, já que os pequenos criadores de galinhas geralmente não possuem recursos para investir em tecnologia". Desta forma, o projeto visa ajudar uma cadeia produtiva na região do semiárido, onde a maioria das atividades ainda são realizadas de forma manual. As informações são do G1/Bahia.

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