segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Davidson Magalhães é reeleito presidente do PCdoB na Bahia

 

O presidente estadual do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, foi reconduzido ao cargo, neste domingo (03/10), último dia da Conferência Estadual do Partido, que teve início na sexta-feira (1º). A decisão foi tomada pelos delegados e delegadas de todo estado, que elegeram ainda mais 119 nomes que vão compor o novo Comitê Estadual, para o biênio 2021/2023.


Após o anúncio do resultado, Davidson agradeceu à militância comunista pela confiança e afirmou que é com muita honra que reassume a presidência do PCdoB na Bahia, “a seção mais forte do país, uma seção que teve como marca importante a presença de Haroldo Lima, nosso ex-dirigente, ex-deputado que faleceu de Covid, e de Péricles de Souza”.


Na oportunidade, o presidente reeleito ainda destacou os desafios do próximo mandato, neste caminho para o centenário de fundação do PCdoB (1922-2022). Para ele, é preciso confirmar o Partido como uma das referências políticas do país na consolidação da democracia e na luta pela retomada do Brasil para os brasileiros e pela derrota da onda neofascista representada por Bolsonaro.


Além disso, Davidson também defendeu a necessidade de manter o PCdoB como um partido com protagonismo e amplitude política, enraizamento social, de militantes e vida orgânica. “São desafios para os próximos dois anos de mandato e o desafio nacional do nosso centenário. Não é à toa um partido chegar a 100 anos no Brasil, enfrentando duas ditaduras e estando presente nos grandes acontecimentos históricos do século passado e deste século”, disse.


O presidente do PCdoB-BA ainda destacou, na ocasião, a participação protagonista do partido no novo momento político do estado, a partir da eleição do ex-governador Jaques Wagner (PT). “O PCdoB tem dado uma contribuição quer na militância política, quer no governo, com secretários e dirigentes de estatais. É a nossa contribuição também para o povo baiano”, afirmou.


Os recentes resultados eleitorais e a atuação expressiva dos mandatos comunistas também foram destacados por Davidson Magalhães. “Tivemos uma grande vitória na última eleição e vamos, com nossos quatro deputados estaduais e dois federais, consolidar, ainda mais, a nossa presença institucional e no movimento social do nosso estado”, completou.


                                                                   Diversidade


O novo Comitê Estadual eleito, a partir de uma proposta feita pela direção cessante, é composto por 120 integrantes e tem a marca da diversidade. Foi garantida a presença de lideranças de todo o estado e com atuação em diversas lutas, entre os movimentos indígena, de trabalhadores e trabalhadoras, ambientalista, de cultura, de combate ao racismo, LGBTQIA+ e de mulheres, entre outros.


O resultado da eleição do novo Comitê Estadual do PCdoB-BA garantiu também um avanço na participação de mulheres, que passou de 36%, no último biênio, para 45%, em uma tentativa de alcançar a paridade de gênero. Na gestão cessante, dos 101 integrantes, 37 eram mulheres; no novo, são 54, entre os 120 novos membros eleitos.


Segundo o vice-presidente do PCdoB-BA, Geraldo Galindo, existe um entendimento no coletivo partidário de que é preciso tornar, cada vez mais, igualitária a atuação comunista no estado. “A paridade [de gênero] nós vamos conquistando aos poucos. Na próxima conferência, já deveremos conseguir”, disse.


                                                                       Mobilização


O encontro do PCdoB baiano é considerado exitoso porque foi fruto de um processo de pré-conferências em 174 municípios do estado, que elegeram cerca de 700 delegados e delegadas para a etapa estadual. Ao todo, foram mobilizados mais de 7 mil militantes comunistas da Bahia, durante a atividade.


                                                                        Haroldo Vive


A Conferência do PCdoB-BA, que é preparatória para o 15º Congresso Nacional do Partido, marcado para os dias 15, 16 e 17, recebeu o nome de Haroldo Lima, em uma homenagem ao histórico dirigente comunista morto em fevereiro, uma das 600 mil vítimas da Covid-19 no país. O mote do evento foi ‘Derrotar Bolsonaro e construir o socialismo. Haroldo vive’.

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